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JP e CG oferecem tratamento gratuito para quem quer parar de fumar

O Dia Mundial Sem Tabaco é celebrado nesta sexta-feira (31) como forma de chamar a atenção para os prejuízos causados pelo cigarro à saúde da população fumante e não fumante.

Em João Pessoa, o Programa de Tabagismo desenvolvido pela Prefeitura já auxiliou quase 1,2 mil pessoas a largarem o vício. Para a assistência dos usuários, a iniciativa conta com uma equipe multiprofissional formada por psicólogo, médico, enfermeiro, nutricionista e assistente social.

De acordo com uma das psicólogas do programa, Eliane Rafael, o tratamento tem duração média de um ano e é composto pelo processo terapêutico, com a abordagem cognitiva comportamental (suporte psicológico), e o auxílio médico, que compreende avaliação clínica e uso de medicamentos como adesivo transdérmico de nicotina, goma de mascar, pastilhas de nicotina e comprimidos.

“O suporte psicológico acontece de duas formas, pode ser individual ou em grupo, através do grupo de apoio terapêutico. São sessões estruturadas, que equivalem ao período de preparação e acontece de seis a oito semanas. Depois passamos para as sessões não estruturadas, em que os usuários podem frequentar a cada duas semanas ou mensalmente, dependendo de sua necessidade. Em alguns casos, é necessário o acompanhamento individual, por exemplo, pessoas em depressão ou com ansiedade intensa”, explicou Eliane.

Segundo Niviane Ribeiro, técnica de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), quando uma pessoa decide parar de fumar, já é possível perceber os benefícios nos primeiros momentos. “Ela consegue observar a desintoxicação nos primeiros momentos sem cigarro. Seu corpo começa a processar a mudança e, após 20 minutos, a pressão volta ao normal. Depois de um dia sem fumar, suas chances de ter um ataque cardíaco já diminuem”, afirmou.

Além do tratamento terapêutico e medicamentoso, os centros de referência realizam, também, trabalhos de prevenção e campanhas informativas em relação ao uso do cigarro. Ainda dentro do programa, os usuários podem participar de atividades em Práticas Integrativas e Complementares, com reiki, auriculoterapia, relaxamento e yoga, também oferecidos nos serviços da rede municipal.

Ação em Campina Grande

Em Campina Grande o Programa de Controle do Tabagismo tem reduzido o número de fumantes. Nos dez primeiros anos do programa, entre 2007 e 2016, mais de duas mil pessoas largaram o vício. De acordo com dados da Prefeitura, a iniciativa deixava longe do cigarro mais de 100 pessoas a cada ano, mas em 2016 a média de pessoas que deixaram de fumar por ano subiu para mais de 500, entre homens e mulheres em faixas etárias que variam de 18 até 90 anos de idade.

O trabalho é desenvolvido com grupos de fumantes. Os grupos são formados com 15 a 20 pessoas que se reúnem para receber orientações e acompanhamento de médicos, psicólogos e assistentes sociais para ajudar a deixar o cigarro. Eles também recebem medicação, a exemplo do adesivo utilizado para diminuir a vontade de fumar e antidepressivos.

Tabagismo reconhecido como doença

Reconhecido e tratado como uma doença crônica, o tabagismo é causado pelo excesso de nicotina no organismo. Essa substância, um dos componentes do tabaco, é a responsável por gerar a dependência química. Os principais sintomas da doença são dificuldade de respirar, tosse, irritabilidade, dor de cabeça, insônia, depressão e obesidade.

O tabagismo é, também, fator de risco para problemas cardiovasculares, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico (AVE), infecções respiratórias, aneurisma arterial, complicações na gravidez, cânceres de pulmão, rim, laringe, boca, entre outros.

 Dados

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), diariamente 428 pessoas morrem, no Brasil, em decorrência da dependência à nicotina. A estimativa do Inca é de 31.270 novos casos de câncer de traquéia, brônquio e pulmão no país para o biênio 2018/2019. Na Paraíba, a estimativa é de 370 novos casos também neste período.

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