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JP sedia Encontro Nacional de Gestores de Políticas Públicas de Economia Solidária

Quarenta e três gestores de Economia Solidária de diversas regiões do país estão reunidos em João Pessoa até esta quinta-feira (23), com o objetivo de aprofundar a temática do desenvolvimento sustentável e a Economia Solidária a partir das práticas cotidianas da autogestão, sobretudo os processos participativos de sistematização e fortalecimento da política pública, como espaço de articulação nos estados, municípios e integração nacional no intuito de possibilitar o aperfeiçoamento das estratégias e metodologias. Eles estão participando do Encontro Nacional da Rede de Gestores de Políticas Públicas de Economia Solidária, que acontece no Hotel Xenius, no bairro Cabo Branco.

O encontro foi aberto na tarde dessa terça-feira (21), e contou com representantes de 12 municípios da Paraíba, além dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Tocantins, e demais convidados. O evento foi abrilhantado com a apresentação de Jurandir do Sax, tocando o Bolero de Ravel. Está é uma ação promovida pela Rede Nacional de Gestores em parceria com o Governo da Paraíba, por meio da Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Economia Solidária – Sesaes.

“Esse é um evento de fortalecimento, principalmente da interiorização da política da Economia Solidária. O encontro de vários Estados nos dá a oportunidade de trocar e conhecer experiências e metodologias que foram bem sucedidas, como também aproximar e ampliar esses conhecimentos de políticas públicas em âmbito municipal”, comentou a executiva da Sesaes, Ana Paula Almeida.

André Ferreira, membro da Superintendência de Economia Solidária – Bahia, órgão que exerce a função de Secretaria Executiva da Rede de Gestores de Políticas Públicas, considerou que esse evento veio num momento oportuno. “Essa interação e troca de experiências entre os gestores é importantíssimo diante da situação que estamos vivenciando no país. É fundamental esse processo de união, estar juntos em Estados do Nordeste e pensar estratégias para políticas públicas em Economia Solidária. Eu diria que é uma questão de sobrevivência, inclusive da política pública, e que devemos pensar em outra estratégia de desenvolvimento para os municípios do Nordeste. A Economia Solidária é o maior exemplo de transversalidade na política pública”, afirmou.

Para Reynaldo Norton Sorbille, membro da Coordenação Nacional da Rede de Gestores e gestor de Economia Solidária no município de Araraquara – SP, o evento é importante  tendo em vista a própria realidade do país e do mundo. “Esse modelo econômico que estamos vivendo, que aponta para uma situação de inviabilidade da própria humanidade. Esse processo de concentração de renda acaba tendo um impacto muito grande no sentido da segurança de toda sociedade. Então a Economia Solidária vem além da geração de trabalho e renda, que tem um papel importante, mas no sentido de apontar para outro modelo de sociedade, onde tem a preocupação do ser humano ser o centro das ações que estão sendo realizadas, que tem a preocupação com o meio ambiente, a inclusão social, e a redução da desigualdade de renda que existe”, observou.

O palestrante Roberto Marinho, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ressaltou sua gratidão em poder participar desse espaço que uniu tantas regiões e experiências. “Concepção de política pública de economia solidária e desenvolvimento será o ponto de partida para termos uma compreensão mais ampla do que é Economia Solidária, de utilizá-la como uma estratégia para promoção de um modelo diferenciado de desenvolvimento, que seja dotado de sustentabilidade e, também, que possa resgatar alguns valores de vida em sociedade e que seja diferenciado, no sentido de que ele vise em primeiro lugar o ser humano, o bem estar das pessoas”, argumentou.

Ele ainda disse de sua alegria muito em voltar à Paraíba, estado que considera referência de resistência diante da situação que vive o país, “um estado de luta que mostra que podemos fazer o processo diferente, e o governo com sensibilidade assumindo o papel da Economia Solidária no Estado”.

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