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Juiz ouve testemunhas e revoga cautelares de réus da ‘Cartola’

Testemunhas de defesa foram ouvidas na tarde desta quarta-feira (10) em mais uma audiência de instrução e julgamento dos envolvidos no processo da ‘Operação Cartola’, que apura crimes relacionados à manipulação de resultados de jogos do Campeonato paraibano. A audiência foi presidida pelo juiz José Guedes Cavalcanti Neto, no Fórum Criminal da Capital, que revogou medidas cautelares que atingiam 17 réus desta ação.

Entre os réus no processo da Cartola estavam presentes na audiência o ex-presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Amadeu Rodrigues; o ex-presidente da Comissão de Arbitragem da FPF, Zé Renato; o ex-membro da Comissão de Arbitragem, Severino Lemos; e os ex-árbitros de futebol Antônio Carlos Rocha (Mineiro) e Antônio Umbelino.

A sessão começou por volta das 14h20 e seria iniciada com o término do depoimento de Oberto Santos, ex-assistente de arbitragem, mas ele afirmou que não havia sido intimado e que estava em viagem e, por isso, não pôde comparecer ao Fórum. Ele será ouvido posteriormente.

Com isso, a audiência foi iniciada com depoimento das testemunhas de defesa. O primeiro a ser ouvido foi o ex-auditor do Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD-PB), Francisco Di Lorenzo Serpa, testemunha de defesa de Lionaldo Silva, ex-presidente do TJD-PB.

Indagado pela defesa do ex-presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Amadeu Rodrigues, Francisco Di Lorenzo negou que sabia de alguma interferência de Amadeu no TJD-PB para beneficiar algum clube.

Serpa também negou saber se Lionaldo Silva promoveu interferências nos julgamentos do órgão. Porém, ele contou que era normal haver diálogos informais e sociais entre os membros do TJD-PB, mas que isso não influenciava nos julgamentos.

Contudo, o promotor Alberto Cartaxo, do Ministério Público da Paraíba (MPPB), alegou que áudios provam que havia um diálogo entre os envolvidos para combinar votos, fato negado por Serpa, que reafirmou votar como regia o regimento do TJD-PB.

O ex-delegado responsável pela Operação Cartola, Lucas Sá, também seria ouvido durante a audiência, mas não compareceu.

Quem também foi ouvido como testemunha de defesa de Lionaldo foi Marcos Lima, presidente do Kashima. Ele foi questionado se antes da ‘Cartola’ sabia de esquema de manipulação de escala de arbitragem da FPF. O fato foi negado.

Em seguida, foram ouvidos o jornalista Tiago Loureiro (testemunha de defesa de Marinaldo Barros, ex-procurador do TJD-PB) e as testemunhas de defesa de Zé Renato.

Antes do fim da audiência, o juiz José Guedes Cavalcanti Neto revogou as medidas cautelares de 17 réus envolvidos nesta ação. São eles: Amadeu Rodrigues Da Silva Júnior; Breno Morais Almeida; Lionaldo dos Santos Silva; Marinaldo Roberto de Barros; José Renato Albuquerque Soares; Severino José de Lemos; Genildo Januário da Silva; Adeilson Carmo Sales de Souza; Antônio Carlos da Rocha; Antônio Umbelino de Santana; Éder Caxias Meneses; Francisco de Assis da Costa Santiago; João Bosco Sátiro da Nóbrega; José Maria de Lucena Netto; Tarcísio José de Souza; Josiel Ferreira da Silva; e José Araújo da Penha.

Com a decisão, os réus não precisam ficar com passaporte retido pela Justiça nem comparecerem, uma vez por mês, ao Fórum Criminal de João Pessoa. Porém, eles ainda estão proibidos de frequentar entidades desportivas e praças esportivas e precisam manter uma distância de 400 metros delas.

A audiência terminou às 18h e, conforme o juiz José Guedes Cavalcanti Neto, será retomada no dia 25 deste mês.

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