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Justiça nega pedido de exumação do corpo da estudante Mariana Thomaz

Pedido foi feito pela defesa de Johannes Dudeck, principal suspeito do crime
Mariana Thomaz
Mariana Thomaz tinha 25 anos (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)

A Justiça da Paraíba negou, nessa quinta-feira (17), o pedido de exumação do corpo da estudante Mariana Thomaz de Oliveira feito pela defesa de Johannes Dudeck, principal suspeito do crime de feminicídio.

Na decisão, o juiz Marcos William de Oliveira argumentou não há necessidade de realização de novas análises antes que sejam divulgados os laudos dos exames cadavérico e toxicológico aos quais o corpo de Mariana já foi submetido. A jovem foi enterrada no início da semana, em Lavras da Mangabeira, no Ceará, cidade natal dela.

O Portal Correio não conseguiu contato com a defesa de Johannes Dudeck.

Entenda o caso Mariana Thomaz

O corpo da estudante de Medicina Mariana Thomaz de Oliveira, de 25 anos, foi encontrado em um apartamento no bairro do Cabo Branco, em João Pessoa, no dia 12 de março. A polícia chegou até o local após ligação do próprio suspeito, Johannes Dudeck, de 34 anos. Ele informava que a vítima estaria tendo convulsões. No entanto, um perito observou sinais de esganadura e Johannes foi preso em flagrante.

Na audiência de custódia, a prisão do suspeito foi convertida em preventiva. A defesa de Johannes entrou com pedido de habeas corpus, mas ele teve a liberdade negada e, por possuir graduação em curso superior, segue em presídio especial localizado na Zona Sul da capital paraibana.

Johannes Dudeck já responde judicialmente por outras três acusações baseadas na Lei Maria da Penha. Os casos investigados envolvem três mulheres diferentes. As investigações do caso Mariana Thomaz apontaram que o corpo da jovem apresentava lesões sexuais.

“A hipótese de estupro é marcante. A gente está colhendo mais informações para chegar ao final do inquérito”, reportou o delegado Joames Oliveira.

Johannes Dudeck, Mariana Thomaz
Johannes Dudeck foi preso em flagrante pelo assassinato de Mariana Thomaz (Foto: Reprodução)

Johannes Dudeck e Mariana Thomaz se conheceram cerca de um mês antes do crime. A advogada que representa a família da vítima, Dayane Carvalho, contou à TV Correio que familiares desconheciam a relação entre os dois. Já amigos da estudante relataram ter achado o comportamento do suspeito estranho no pouco contato que tiveram com ele. “Não se pode falar em relacionamento entre Mariana e Johannes. Eles ainda estavam se conhecendo, tinham tido poucos encontros”, frisou a advogada.

Mariana Thomaz morava em João Pessoa há três anos e cursava Medicina em uma faculdade particular. A jovem era prima em segundo grau do ex-presidente do Senado Federal e presidente do MDB-CE, Eunício Oliveira.

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