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Leila Pereira quer mais representatividade feminina no futebol

A presidente do Palmeiras organizou nesta terça-feira (16) uma entrevista coletiva só com mulheres
Leila Pereira. (Foto: César Greco / Palmeiras)

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, afirmou que busca mais representatividade feminina no meio do futebol. Leila organizou nesta terça-feira (16) uma entrevista coletiva só com mulheres. Cerca de 40 profissionais estiveram na Academia de Futebol para o evento.


Ela desabafou que se sente “extremamente solitária” entre os dirigentes de futebol. Ela é a única mulher no cargo máximo de um grande clube na América do Sul.


A presidente do Palmeiras cobrou oportunidades para que as mulheres mostrem que são competentes. Leila atendeu a imprensa por duas horas e respondeu às perguntas de todas as jornalistas.


“O que digo para os homens, não sejam histéricos. Não somos histéricas. Eu gostaria que nesta terça-feira (16) esse encontro simbolizasse, que eles sintam o que nós sentimos desde que nascemos. Queremos que toda a sociedade foque nisso. Nós não queremos privilégios, só a oportunidade de mostrar que somos competentes”, afirmou a presidente.


“Foi um prazer imenso estar com vocês, foi um evento. Eu gostaria que em 2h os jornalistas homens sentissem o que nós sentimos a vida inteira. Espero que não precise fazer isso de novo para estar com mulheres aqui. É um prazer imenso estar aqui com vocês. Somos maravilhosas”, complementou Leila.

O QUE MAIS LEILA DISSE

Solitária no futebol
“Eu me sinto extremamente solitária. Temos que dar um basta, não pode ser normal ter apenas uma mulher à frente de um grande clube na América do Sul. Nós podemos estar onde quisermos. Esse é o motivo da nossa reunião. (…) Eu poderia dizer que me sinto honrada, mas eu fico deprimida. Só agora uma mulher é presidente. Isso não pode ser normal. Não tem um porquê. Nós queremos oportunidade. Quando a vida abre as portas, têm que manter aberta. Eu não deixo passar. Eu fico chateada, por que só eu?”.

Ocupar espaços
“O que para mim é relevante é que a sociedade enxergue mulheres como pessoas capazes de ocupar espaços. Eu não vou resolver o machismo do dia para a noite mas que use a força do futebol. Que nesta terça-feira (16) seja um marco”.

Machismo
“Eu não vou solucionar o problema do machismo, mas, com a força do Palmeiras, eu acho que a gente pode ser um exemplo. Eu não posso nem dizer que quando eu fui eleita? se houvesse machismo no Palmeiras eu não teria sido eleita. É isso que eu clamo para nós mulheres, nós queremos oportunidade. Já é uma grande bandeira, um grande clube elegeu uma grande mulher”.

Mulher forte

“Eu quero ser lembrada, porque o Palmeiras me tornou eterna, como uma mulher dura, forte. Nós conseguimos um clube diferenciado”.

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