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‘Líder’ da rebelião e mais quatro internos seguem foragidos após mortes no Lar do Garoto

Cinco dos seis internos que conseguiram fugir durante a rebelião que terminou com a morte de sete adolescentes no Centro Socioeducativo Lar do Garoto, em Lagoa Seca, na região de Campina Grande, continuam sendo procurados. A informação foi dada ao Portal Correio, nesta segunda-feira (5), pelo diretor da Fundação Estadual da Criança e do Adolescente da Paraíba (Fundac), Noaldo Meireles. Comente no fim da matéria.


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Segundo o diretor, um dos internos que continuam foragidos é maior de idade e considerado como um dos que lideraram a rebelião.


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“Inicialmente, seis internos haviam conseguido fugir, mas um deles foi recapturado ainda no sábado. Com isso, cinco internos continuam procurados e um deles, já maior de idade, é apontado por outros internos como um dos mentores da rebelião”, informou Noaldo Meireles.

O diretor da Fundac também afirmou que o Estado determinou abertura de sindicância para apurar possíveis responsabilidades administrativas e falhas de segurança durante a rebelião. Além da sindicância, a rebelião no Lar do Garoto vem sendo apurada por um inquérito policial coordenado pela Polícia Civil em Campina Grande.

“Apuramos com internos que o motim foi motivado por tentativa de fuga, mas debandou para agressão por rixas entre alguns internos, que aproveitaram o tumulto para assassinar rivais. Quanto às vítimas carbonizadas, acreditamos que os internos invadiram a ala dos agentes socioeducativos e tiveram acesso a fósforos, usados para queimar os rivais. Porém, essas são informações de internos e que precisam ser esclarecidas dentro do inquérito policial”, disse o diretor.

Questionado sobre a convivência de adolescentes e maiores de idade na mesma unidade, o diretor da Fundac afirmou que as alas do Lar do Garoto são separadas por faixa etária.

“As unidades de internações ficam com os infratores dos 12 aos 21 anos, mas os maiores não ficam misturados com os adolescentes. Os de 18 aos 21 anos ficam em setores diferentes e permanecem na unidade porque o delito deles foi praticado quando tinham menos de 18 anos. A informação que temos é de que o tumulto começou nessa ala onde permanecem os maiores de idade”, relatou Noaldo Meireles.

Com parte da estrutura comprometida após a rebelião, o Lar do Garoto recebeu, ainda no sábado, reparos nas grades e fechaduras das alas onde os menores permanecem. Além disso, o local recebeu novos colchões e lençóis que haviam sido queimados durante o motim.

“Começamos a reforma ainda no sábado com a parte das grades, cadeados e trincos, que já foram repostos. Também refizemos a ligação elétrica e hoje terminaremos a parte da alvenaria”, concluiu o diretor da Fundac.

Nesta segunda, o Lar do Garoto recebe visita de averiguação das condições de funcionamento da unidade. Vão participar da vistoria: Ministério Público Federal na Paraíba (MPF-PB); Ministério Público da Paraíba (MPPB); Conselho de Direitos Humanos da OAB-PB; Comitê Estadual de Prevenção e Combate a Tortura; e o Conselho Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente.

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