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Lula diz que Banco Central deveria ter cortado taxa Selic ‘três reuniões atrás’

Presidente reitera cobrança por redução de juros e faz críticas a Campos Neto: 'Não entende de Brasil e não entende de povo'
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Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quarta-feira (2), que aguarda uma redução da taxa básica de juros da economia, a Selic, e afirmou que o Banco Central deveria ter baixado o índice ainda no primeiro semestre de 2023. A Selic está em 13,75% ao ano desde agosto de 2022. A informação é do portal R7.

“Esperamos que hoje o Copom tome a decisão que já deveria ter tomado três reuniões atrás, de reduzir a taxa de juros, porque não tem explicação. Vamos ver o que vai acontecer”, afirmou o presidente em entrevista à imprensa internacional no Palácio do Planalto.

O chefe do Executivo renovou as críticas ao presidente do BC, Roberto Campos Neto. Segundo Lula, Campos Neto não serve “aos interesses do Brasil”, visto que o país “tem hoje a maior taxa de juros real do mundo sem nenhuma explicação”.

“Acontece que esse rapaz que está no Banco Central, me parece que ele, não sei do que ele entende, mas ele não entende de Brasil e não entende de povo. Então tem uma lógica, eu não sei a quem ele está servindo, não sei, sinceramente eu não sei. Aos interesses do Brasil não é.”

Estacionada desde agosto de 2022 no maior patamar em seis anos, a taxa básica de juros da economia brasileira deve iniciar uma trajetória de queda a partir desta quarta. De acordo com expectativas do mercado financeiro, o segundo dia de encontro dos diretores do Banco Central vai resultar no primeiro corte da taxa Selic em três anos.

Após a primeira baixa ser confirmada, os analistas preveem três novos recuos de 0,5 ponto percentual dos juros básicos nos meses de setembro, novembro e dezembro, movimento que, se confirmado, levará a Selic a 12% ao ano na entrada de 2024. Conforme as projeções, a trajetória de baixas deve persistir em 2024 (9,25% ao ano), 2025 (8,75% ao ano) e 2026 (8,5% ao ano).

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