Moeda: Clima: Marés:
Início Executivo

Lula e Petro discutem plebiscito após eleição na Venezuela

Pacto deve assegurar a ‘qualquer perdedor a certeza e a segurança em relação ao seu caminho, seus direitos e suas garantias políticas’
Lula e Gustavo Petro (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Colômbia, Gustavo Petro, discutiram nesta quarta (17), uma proposta da diplomacia colombiana de realizar um plebiscito para garantir a integridade e a segurança de quem saia derrotado nas eleições da Venezuela.

Petro apresentou em sua proposta de diálogo a Lula, para o que vem chamando de “paz política e democrática”, depois de conversar com Nicolás Maduro e alguns integrantes da oposição ao chavismo, durante uma visita a Caracas, no início da semana.

”Falamos da Venezuela e queremos transmitir ao presidente Lula uma proposta que foi discutida com o presidente Maduro e a oposição. Estamos considerando a opção de um plebiscito nas próximas eleições para garantir um pacto democrático. Esse pacto deveria assegurar a qualquer perdedor a certeza e a segurança em relação ao seu caminho, seus direitos e suas garantias políticas que todos devem ter em seu país”, afirmou Petro.

O brasileiro apenas confirmou que ele e Petro conversaram sobre Venezuela e Haiti. “Se depender de Colômbia e Brasil, esse continente será uma zona de paz”, disse Lula.

Entenda

A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, que é da mesma coligação de Corina Yoris, agradeceu à reação de Lula e Petro sobre a eleição venezuelana. Ela destacou que os posicionamentos reafirmam que a luta da oposição “é justa e democrática”.

Em 28 de março, ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, em Brasília, Lula declarou que a situação na Venezuela é “grave” e que não tem “explicação jurídica nem política”. A fala ocorreu depois de um “bate-boca” público entre os governos dos dois países.

“É grave que a candidata não possa ter sido registrada. Ela não foi proibida pela Justiça, parece que tentou usar o computador e não conseguir entrar, isso causou prejuízo à candidatura. Não tem explicação jurídica, política, proibir um adversário de ser candidato. Aqui no Brasil, todo mundo sabe, todos os adversários são tratados nas mesmas condições. Aqui, é proibido proibir, a não ser que tenha restrição judicial”, afirmou Lula, ao completar que o Brasil vai observar o processo no país vizinho.

O prazo de registro de candidaturas para as eleições presidenciais na Venezuela terminou em 25 de março. Horas depois, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), coligação que reúne os principais partidos de oposição a Maduro, anunciou que tinha sido impedida de registrar o nome de Corina Yoris para as eleições. Ela foi indicada para substituir María Corina Machado, do mesmo grupo político, proibida de ocupar cargos públicos pela Justiça venezuelana.

Receba todas as notícias do Portal Correio no WhatsApp

publicidade
© Copyright 2024. Portal Correio. Todos os direitos reservados.