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Mais de 20 escolas não resistiram a inadimplência e fecharam as portas na Grande JP

Vinte e uma pequenas escolas da Grande João Pessoa fecharam as portas em 2016 por causa da crise econômica, que levou 45% dos pais a ficarem inadimplentes. O quadro pode ficar ainda mais caótico, pois outras instituições de ensino estão esperando chegar ao fim do ano letivo para encerrar atividades. Para tentar mudar essa realidade, o Sindicato das Escolas firmou parceria com o Procon de João Pessoa para a realização de um mutirão de negociação. Esse mutirão já conseguiu baixar a inadimplência para cerca de 28%. Em todo Estado há 723 estabelecimentos de ensino privado.

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Foi o que informou o presidente do Sindicato das Escolas Particulares da Paraíba, Odésio Medeiros, que disse confiar numa queda ainda maior na inadimplência, em face de os pais que ainda estão em débito irem receber, nos próximos 30 dias, o pagamento do 13º salário.

“A situação estava complicada demais, mas, com a parceria que firmamos com o Procon, muitos pais compareceram nas escolas para fazer acordo e, logo em seguida, homologar no Procon Móvel, que hoje esteve na frente do nosso Sindicato, na Rua General Osório e, em seguida, fazer o pagamento”, disse Odésio.

Segundo ele, a inadimplência já está em quase 50%. “A inadimplência, até outubro, estava em torno de 45%, agora, baixou pra 28%, mas o tolerável é na faixa dos 10%, pra não inviabilizar as empresas, pois com a inadimplência alta, 10% já fecharam na grande João Pessoa, que tem 210 escolas”, informou.

O responsável pelo Procon Móvel, que funciona em um micro ônibus, Wanderley dos Santos, disse que os acordos são feitos nas escolas, entre os pais e a direção, sem cobrança de juros, em parcelas que são definidas de acordo com o montante da dívida. Em seguida são homologados no Procon Móvel.

Entre os pais que estavam no Sindicato das Escolas, apenas um se dispôs a falar com a reportagem e citou o seu caso, mas sem se identificar. Ele é um policial aposentado, do Rio de Janeiro, está sem receber salário integral há cinco meses. “Atrasei porque não tinha outro jeito. Tô devendo cerca de R$ 3,5 mil e vou negociar”, apontou.

A parceria entre o sindicato e o Procon-JP teve início na sexta-feira passada e ontem foi a segunda sexta de três que serão realizadas. Após o último dia de negociação, os pais deverão ter os nomes incluídos no cadastro de devedores do Serasa e SPC (Sistema de Proteção ao Crédito), entrando na lista negra dos inadimplentes.

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