Médico veterinário docente do Unipê traz mais curiosidades sobre gatos

O universo felino é gigante e o fascínio por gatos não é de hoje, apesar sentirmos crescer o interesse das pessoas por esses animais. Na semana passada, o médico veterinário e Prof. Dr. João Paulo de Lacerda, coordenador do curso de Medicina Veterinária do Unipê, apresentou uma série de mitos relacionados a gatos. E hoje o profissional retoma o assunto abordando outras curiosidades sobre os bichanos. Confira!

1. Gatos não se apegam aos tutores? Tem muita gente que acredita nisso, dizendo que eles são independentes e não se apegam. Mas isso não é verdade. “Além de serem animais territorialistas, eles se apegam aos seus donos. Isso aí, lógico, é bem inerente à condição de carinho ofertada pelo seu tutor. Então os gatos podem sim se apegar e ter uma relação de afeto com os seus tutores”, explica João.

2. Quais comportamentos demonstram afetividade e apego aos tutores? “Quando eles demarcam sua presença, por exemplo, esfregando o corpo em nossas pernas. Isso é uma demarcação e uma demonstração de afeto pelos seus tutores. Além de esses animais se acostumarem muito a sentar no colo para querer que atos de carinho”, diz.

3. Pode dar leite ao gato? “O leite pode ser administrado, mas há uma condição em que animais mais velhos têm uma queda da imunidade e podem desenvolver alergias à proteína do leite e também intolerância à lactose, que é o açúcar do leite. Eles começam a não degradar esse açúcar e isso os prejudica, causando desconforto. O aumento do volume abdominal e diarreias são os principais sintomas que nós observamos neles”, conta. “Os gatos têm um paladar mais apurado e exigente que os cães. Por isso, hoje já existem rações balanceadas que devem ser oferecidas de forma adequada, respeitando as indicações descritas nas embalagens”, complementa.

4. Gatos brancos são surdos? “Na maioria das vezes, através do cruzamento genético, uma parte considerável da população de gatos brancos apresenta realmente um estado de surdez. Gatos brancos de olhos azuis, principalmente, são os acometidos de surdez. Essa é uma característica importante”, reforça João.

Assim, é preciso observar os sinais de surdez que o animal pode apresentar especialmente para não deixar o animal ter acesso às ruas. “O animal se adapta facilmente ao ambiente, mas há alguns perigos inerentes, como atravessar a rua e não ouvir algum sinal sonoro de buzina de carro e ser atropelado. Esses são os principais riscos que esses animais estão expostos quando são surdos, mas eles se adaptam bem ao ambiente em que vivem”, conclui João.

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