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Medo de dentistas é explicado por especialista do Unipê

Cerca de 15% da população brasileira não vai ao dentista por odontofobia

Há vários motivos para os brasileiros não irem ao dentista de forma regular. Desde a falta de dinheiro até o fato de não saberem que têm direito a tratamento odontológico público gratuito. Mas um motivo relativamente comum é o medo ou a ansiedade de ir ao dentista. Estudos mostram que cerca de 15% da nossa população não vai a esse profissional por essas razões. Mas o que seriam o medo ou a ansiedade de dentistas e por que ocorrem?

O medo e a ansiedade são sentimentos que aparecem com o mesmo propósito, mas não são iguais. O primeiro se relaciona com algo mais concreto ou real: por exemplo, medo de sentir dor durante a anestesia odontológica. “Já a ansiedade pode se manifestar como uma agitação emocional por uma situação incerta, quando o paciente fica apreensivo simplesmente por ir ao dentista”, diferencia o cirurgião bucomaxilofacial e Prof. Me. Davi Costa, de Odontologia do Unipê.

Ter ansiedade e medo a qualquer nova situação vivenciada é considerado aceitável e normal. “Entretanto, se esses sentimentos forem com uma intensidade exagerada e sem razão aparente podemos estar diante de uma situação patológica, denominada de odontofobia”, diz. A ansiedade de ir ao dentista pode ser medida, inclusive, com questionários, sendo a Escala de Corah (1969) a mais conhecida, que classifica o medo em baixo, moderado e alto.

Causas e sintomas

A odontofobia muitas vezes tem relação com experiências passadas pelo próprio paciente. E pode ainda ter a ver com relatos, como quando os pais transmitem o próprio medo aos seus filhos. “Também pode estar relacionada à algum trauma de infância durante tratamento médico ou hospitalar, como coleta de sangue ou aplicação de vacina. O medo mais comum dos pacientes é do momento da anestesia e da sensação do uso da broca”, conta.

A pessoa com odontofobia ou ansiedade odontológica pode manifestar esses sentimentos de várias formas. São exemplos os enjoos, a tensão muscular, transpiração excessiva, os calafrios, as dores de cabeça e o aumento da frequência respiratória. “É muito comum o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial”, completa Davi.

O problema é complexo e delicado, e essas pessoas realmente podem deixar de ir ao cirurgião-dentista devido a essa patologia. Isso pode comprometer a saúde bucal delas. Por isso, Davi, que também é habilitado em sedação consciente inalatória com óxido nitroso, frisa: com a evolução da ciência e da medicina, hoje é possível a realização quase indolor de qualquer procedimento odontológico.

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