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‘Mega da Virada’ pode render R$ 1,5 milhão ao mês; especialistas orientam

Nem carros populares, nem motos de 125 cilindradas. Os itens mais usados para calcular o que se pode comprar com prêmios de loteria não estão entre as indicações dos especialistas da Caixa Econômica para os ganhadores da Mega da Virada 2016. Na véspera do sorteio do concurso especial mais esperado do ano, gerentes do banco que já atenderam novos milionários explicam como transformar um momento de sorte em tranquilidade para toda a vida.

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As apostas na Mega da Virada 2016 podem ser feitas até as 14h deste sábado (31), dia do sorteio. O concurso 1890 da Mega-Sena pode pagar o prêmio de R$ 225 milhões. O sorteio será realizado, às 20h (horário de Brasília), em São Paulo (SP), com transmissão ao vivo pelos principais canais de TV aberta. Como nos demais concursos especiais, o prêmio principal não acumula. Não havendo apostas vencedoras com seis números, o prêmio da Mega da Virada será rateado entre os acertadores de cinco números – e assim sucessivamente.

“Quem recebe um dinheiro alto como este tem sempre a preocupação de como gastar, de como aplicar”, conta Tiago Ernane Fernandes Coutinho, gerente de atendimento e negócios da Superintendência Regional Norte de Brasília responsável pela assessoria a clientes com mais de R$ 1 milhão em suas contas.

Tiago Coutinho lembra que é comum ganhadores de prêmios de loteria perguntarem se vale a pena comprar imóveis e empresas ou ainda investir em negócios emergentes. A resposta depende do perfil do cliente. Há risco para aquele que nunca administrou uma empresa querer se tornar empreendedor da noite para o dia, ainda mais se o investimento inicial for alto. Para o ganhador da Mega da Virada 2016, a sugestão do gestor é aplicar no banco os R$ 225 milhões do prêmio previsto.

“Ele já vai ter R$ 1,5 milhão na poupança, só de rendimento, sem preocupação alguma, após um mês. Vale a pena tentar aumentar isso num ramo em que ele não é qualificado? Comprar uma empresa de um ramo que não conhece? Hoje, o mercado aponta ser mais interessante manter os recursos no banco e não comprar patrimônio. E, se for comprar alguma coisa, priorizar a utilização do rendimento”, explica.

“O que a gente não pode deixar de discutir são os objetivos do cliente. Eu preciso conhecer a família, ver se é estruturada, para daí saber se ele precisa de mais liquidez ou não. Quando diminuo a utilização, o rendimento cresce para eles”, explica Coutinho. Hoje, quase todo o grupo orientado pelo gerente vive da renda do prêmio.

Em novembro de 2015, o gerente de atendimento e negócios Raphael Diniz Rocha, da Superintendência Regional Sul de Brasília, recebeu a missão de orientar o cliente que recebeu o maior prêmio já pago na história da Mega-Sena a uma única aposta. O ganhador tinha bastante conhecimento de mercado, não era cliente da Caixa à época e pensou em levar metade da fortuna para outra instituição financeira. Depois de ver os cálculos e projeções apresentados por Rocha, entretanto, ele percebeu que valia a pena diversificar o dinheiro em carteiras do banco.

“Com a diversificação em outros investimentos, retirando o recurso da poupança, ele teria R$ 500 mil a mais no final do mês”, lembra Raphael Rocha. O ganhador não apenas ficou na CAIXA como trouxe novos clientes para o banco. Ele doou R$ 40 milhões a seus irmãos e investiu os R$ 165 milhões restantes em LCI, previdência e fundos.

O rendimento médio de 0,95% ao mês do seu mix de investimentos garante ao cliente um crescimento patrimonial de pelo menos R$ 20 milhões por ano. O sortudo seguiu uma das regras de ouro para ganhadores de prêmios milionários: usar apenas os rendimentos para suas novas aquisições, preservando a maior parte do prêmio principal. Foi o que ele fez após presentear a família. Dessa forma, mantida as condições da economia, ele poderá, somente com os rendimentos, dobrar o prêmio do concurso 1764 da Mega-Sena nos próximos dez anos.

Consultoria

Em Juazeiro (BA), o gerente de atendimento pessoa física Ivo Filgueiras Filho foi o responsável por orientar o acertador dos cinco números do concurso 4141 da Quina, sorteado em julho deste ano.  Numa conversa preliminar, o ganhador revelou que não pensava em mudar radicalmente de vida. Não queria nem trocar de carro ou casa de imediato, desejos comuns de ganhadores de prêmios de loteria.

“O que fazemos não é apenas oferecer um produto bancário, mas uma consultoria”, explica Filgueiras Filho. “A gente mostra que não se deve pensar somente na rentabilidade, mas também na segurança. A questão do investimento é muito personalizada. Cada um tem suas necessidades, projetos, não tem uma receita pronta. Por isso, a entrevista com o cliente é muito importante”, afirma. No final, o cliente optou por investir os R$ 14,8 milhões do prêmio em LCI, previdência, CDB e poupança.

Linha sucessória

Elara Cristina Pallavicini, gerente geral da Agência Planalto, em Brasília, destaca que definir a linha sucessória é outro ponto importante para todos os ganhadores de prêmios de loteria. Esta é uma das razões para se oferecer planos de previdência aos novos milionários. À primeira vista, o cliente indaga por que precisaria de previdência privada se está com uma fortuna na conta. A resposta é simples: garantir a tranquilidade da família.

“Na falta do cliente, os filhos vão precisar de dinheiro até a conclusão do inventário”, explica Pallavicini, que orientou o ganhador de um prêmio de R$ 9 milhões da Mega-Sena em 2009. “Com a previdência, ele faz o direcionamento para um herdeiro específico, que poderá manter o padrão de vida da família até que o inventário esteja concluído e eles tenham acesso ao restante dos recursos.”

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