Membros de quadrilha prestavam concursos para ‘montar currículo’ e atrair clientes

Os membros da quadrilha investigada na Operação Gabarito, que apura fraudes em concursos públicos, realizaram muitas provas no intuito de “aumentar o currículo de aprovações” e convencer mais pessoas a contratarem seus serviços. A informação foi divulgada pela delegada Vanderleia Gadi, da Delegacia de Defraudações e Falsificações, em coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (15).

Leia também: PRF e agente do Detran são procurados por fraudes em concursos na Paraíba

“Às vezes, a intenção nem era assumir as funções para as quais eles foram aprovados ilicitamente. O objetivo mesmo era fazer currículo para a quadrilha. Ao abordar um possível cliente, os criminosos argumentavam que tinham sido aprovados em vários concursos e nunca tinham sido descobertos, estimulando a confiança do contratante no esquema”, informou a delegada.

Segundo Vanderleia Gadi, uma das pessoas que tinha essa função era Dayane Nascimento de Souza, irmã do agente Diogo Nascimento, atropelado e morto no dia 21 de janeiro enquanto trabalhava em uma blitz da Lei Seca. Dayane, que foi casada com um dos líderes da quadrilha, também atuava na contabilidade das fraudes, segundo a Polícia Civil.

Nesta segunda, as investigações atualizaram de 60 para 70 o número de concursos públicos que podem ter sido fraudados. Ao todo, 25 pessoas foram presas. Dezenove prisões aconteceram no domingo (7); outros seis suspeitos, incluindo um casal de policiais militares, foram presos na sexta-feira (12).

Ainda de acordo com a Polícia Civil, pelo menos R$ 21 milhões teriam sido movimentados pela quadrilha, que fraudou concursos em estados do Nordeste, Sudeste e Norte. As investigações apontaram que os crimes aconteciam desde 2005. 

Leia mais notícias em portalcorreio.com.br, siga nossas páginas no Facebook, no Twitter e veja nossos vídeos no Youtube. Você também pode enviar informações à Redação do Portal Correio pelo WhatsApp (83) 9 9130-5078.