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Micose: dermatologista explica alguns dos tipos comuns

Médico conta sobre as causas e os tratamentos das doenças

Desde criança ouvimos falar bastante sobre micoses. Andar com os pés descalços ou não se enxugar adequadamente após o banho são algumas orientações que a família geralmente passa aos filhos. E há vários tipos de micose, que requerem tratamentos diferentes indicados por um médico dermatologista.

Micose é um nome genérico que designa doenças fúngicas que ocorrem na pele, nas unhas e no couro cabeludo. Os fungos podem ser encontrados em todo o meio ambiente, inclusive em humanos. No entanto, o desenvolvimento deles para uma doença depende de diversos fatores.

Para conscientizar a população sobre o tema, o médico dermatologista e Prof. Dr. Jader Freire, do curso de Medicina do Unipê, elencou alguns tipos bem comuns de micoses.

– Micose de unha: chamada de onicomicose, a infecção é causada por fungos (dermatófitos: Epidermophyton, Trichophyton e Microsporum) que alteram a cor (amarelada ou branca), a forma, a textura (mais espessa) e pode descolar a unha. O tratamento é feito com medicamentos antifúngicos (derivados imidazólicos) em creme, esmalte ou comprimidos. Em geral, são seis meses de tratamento para as unhas das mãos e 1 ano para as unhas dos pés.

“É importante cuidar bem das unhas, não compartilhar esmaltes e materiais para cortá-las, evitar unhas em géis, não ficar com a mão molhada por muito tempo, evitar detergentes e removedores de esmalte para não ter micose nas unhas. Diabetes e doenças genéticas e adquiridas que diminuam a imunidade favorecem as onicomicoses”, acrescenta o dermatologista.

– Pitiríase versicolor: também conhecida como “pano branco”, ela provoca manchas brancas (hipocrômicas) na pele, podendo causar manchas pardas e eritematosas, causadas por fungos (leveduras) na pele. O tratamento pode ser tópico com o uso de creme derivados imidazólicos ou em forma de comprimidos oral.

– Pé de atleta (frieira): atinge principalmente entre os dedos dos pés, apresentando lesões escamosas, eritematosas com coceira (prurido). “O tratamento se baseia no uso de antifúngicos locais em creme ou géis e medidas que mantenham os pés secos e diminuam o suor excessivos, causas importantes para o aparecimento de pé de atleta. Secar bem os pés após o banho – até em casos extremos pode usar um secador de cabelo”, diz Jader.

– Micose do couro cabeludo: também conhecida como tinha do couro cabeludo, tem fungos que atingem essa região. “Existem fungos zoofílicos (o paciente adquire em contato com animais), fungos antropofílicos (infecção ocorre entre indivíduos da espécie humana) e fungos geofílicos (a terra é a fonte dos fungos). O tratamento é feito com medicamentos antifúngicos como a terbinafina, itraconazol, fluconazol, entre outros”, cita.

– Micose na virilha: aparece na pele dos órgãos genitais e nas coxas; pode ocorrer quando existir umidade excessiva e baixa no sistema imunológico. O médico dermatologista pode pedir exames para confirmar o diagnóstico (exame micológico direto e cultura). “O tratamento é feito com uso de antifúngicos tópicos ou oral, além de orientações gerais como manter a região seca (principalmente no verão, piscina e mar); avaliar se o paciente tem diabetes, doenças ou medicamentos que levem a diminuição da imunidade”, pontua Dr. Jader.

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