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Ministério dos Aeroportos quer melhorar padrões de transporte aéreo de animais

Tema ganhou força depois que Joca, um golden retriever, morreu após ser transportado para o terminal errado, em abril
Animais
(Foto: USP Imagens)

O MPor (Ministério de Portos e Aeroportos) criou, nesta segunda-feira (19), um GT (Grupo de Trabalho) para propor melhorias nos padrões do transporte aéreo de animais. O tema ganhou relevância após a morte de Joca, um golden retriever, que faleceu em abril devido ao transporte para o terminal errado. Entre os órgãos participantes estão a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária) e o Ministério da Saúde. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.

A publicação também afirma que, durante a realização das reuniões, os membros poderão solicitar apoio técnico de terceiros, representantes de outros órgãos e especialistas.

Veja a lista de órgãos e entidades participantes:

  • Ministério de Portos e Aeroportos;
  • Agência Nacional de Aviação Civil (Anac);
  • Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
  • Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama);
  • Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
  • Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV);
  • Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima;
  • Ministério da Saúde; e
  • Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Objetivos

Um dos principais objetivos da iniciativa é estabelecer ou alterar padrões para o transporte aéreo de animais. O relatório será enviado ao MPor, que deverá analisar decisões que ultrapassem as competências do Grupo Técnico.

Confira todas as competências do GT:

  • Avaliar e coletar demandas da sociedade sobre o transporte aéreo de animais;
  • Obter subsídios técnicos dos órgãos competentes;
  • Estabelecer ou alterar padrões para o transporte aéreo de animais;
  • Elaborar relatório final com as conclusões e recomendações do GT.

Caso Joca

O Golden Retriever, de 4 anos, morreu no dia 22 de abril após companhia aérea Gol mandá-lo para Fortaleza, em vez de Sinop (MT), onde a pet moraria com João Fantazzini Júnior, seu tutor.

O animal viajava com a família, em um voo do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos com destino ao Aeroporto de Sinop, em Mato Grosso. Segundo a Gol, devido a uma falha operacional o animal foi embarcado em um voo para Fortaleza.

Um laudo divulgado em 7 de julho, pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, apontou que o cão Joca morreu de um choque cardiogênico, condição na qual o coração perde a capacidade de bombear sangue adequadamente para os tecidos.

Além disso, o relatório identificou que o animal tinha um problema cardíaco conhecido endocardiose moderada, também chamado de doença valvar degenerativa crônica. A enfermidade não tem causa conhecida, e está associado a condições genéticas.

Em entrevista ao R7, a veterinária e professora universitária Mariana Teixeira avalia que o choque cardíaco foi provavelmente causado pelo excesso de calor dos ambientes do avião, e ainda agravado pelo pelas longas horas que ele permaneceu em trânsito.

“Provavelmente ele ficou em local sem controle de temperatura adequada, o que provocou uma hipertermia e, como consequência, uma desidratação. Essa alteração provocou um choque hipovolêmico [perda de grande quantidade de água], uma desidratação e posterior choque cardiogênico”, esclarece a médica.

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