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Morreu nesta sexta-feira (8), aos 89 anos, José Botafogo Gonçalves, diplomata e ministro da Indústria, do Comércio e do Turismo do governo Fernando Henrique Cardoso. Ele ingressou na carreira diplomática em 1960, foi embaixador na Argentina de 2002 a 2004 e ocupou uma série de cargos no Itamaraty ao longo das décadas.
Nascido em 11 de janeiro de 1935 em Belo Horizonte e formado em direito e em ciências sociais pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), Gonçalves era vice-presidente emérito do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), um dos principais think tanks sobre diplomacia da América Latina. Ele também já foi presidente da entidade.
Além do cargo de ministro na gestão FHC, que desempenhou entre 1998 e 1999, Gonçalves foi embaixador especial para assuntos do Mercosul; secretário da Camex (Câmera de Comércio Exterior), do Ministério da Indústria; e subsecretário-geral de Assuntos de Integração, Econômicos e de Comércio Exterior no Itamaraty.
Ele ainda foi membro da delegação encarregada de renegociar a dívida externa brasileira em 1983, vice-presidente de relações externas do Banco Mundial em Washington (1985-1987).
O Itamaraty relembrou a trajetória do diplomata ao publicar uma nota de pesar. “No exterior, serviu nas embaixadas do Brasil em Moscou (1962-1964), Roma (1964-1967), Santiago (1967-1969), Paris (1973-1975) e Bonn [na Alemanha] (1976-1977). Foi cônsul-geral em Milão (1991-1995) e embaixador em Buenos Aires (2002-2004)”, disse o órgão.
Ele acrescentou que o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, assim como a secretária-geral da pasta, Maria Laura da Rocha, expressam “as mais sentidas condolências” pela morte do embaixador.
O Cebri também comentou o óbito do diplomata. “Lamentamos profundamente e expressamos nossas condolências à família, amigos e colegas do embaixador”, disse em comunicado. José Botafogo Gonçalves deixa a mulher, Susana, três filhos e sete netos.
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