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Morre o diretor de cinema franco-suíço Jean-Luc Godard aos 91 anos

Padrinho da Nouvelle Vague, movimento artístico contestador de 1960, cineasta inspirou Quentin Tarantino e Martin Scorsese
Acossado (1960) é um dos clássicos do diretor — Foto: Reprodução

Morreu, nesta terça-feira (13), aos 91 anos, o diretor de cinema franco-suíço Jean-Luc Godard. A causa da morte não foi revelada. A informação é do R7.

Conhecido como o pai da Nouvelle Vague ou Nova Onda do cinema — movimento artístico de perfil contestador iniciado na década de 60 —, Godard é autor de clássicos do cinema, como Acossado (Breathless, 1960) e O Desprezo (Contempt, 1963), que ultrapassaram os limites cinematográficos da época.

A Nouvelle Vague possuía incursões em assuntos considerados tabus e, com novas técnicas, desafiou a cena cinematográfica tradicional, além de inspirar diretores iconoclastas décadas depois de seu apogeu. Entre as características da Nouvelle Vague, a câmera estava em constante movimento, a edição era rápida e ousada e o roteiro, semi-improvisado. Godard divide os créditos pela criação da Nouvelle Vague com cerca de 15 colegas, como François Truffaut e Eric Rohmer, a maioria deles amigos da moderna e boêmia Margem Esquerda de Paris no final dos anos 1950.

Jean-Luc Godard é até hoje um dos diretores mais aclamados do mundo e inspirou importantes cineastas contemporâneos como Martin Scorsese e Quentin Tarantino.

O presidente da França, Emmanuel Macron, se pronunciou nas redes sociais sobre a morte do artista, a quem chamou de “gênio” e “tesouro nacional”.

“Foi como uma aparição no cinema francês. Então ele se tornou um mestre. Jean-Luc Godard, o mais iconoclasta dos cineastas da Nouvelle Vague, havia inventado uma arte decididamente moderna e intensamente livre. Perdemos um tesouro nacional, um olhar de gênio”, publicou.

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