Dados Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, do Ministério da Saúde, mostram que os óbitos na Paraíba vêm crescendo nos últimos anos. De 2015 a 2019, só foram registradas reduções nos anos de 2017 e 2018. Em 2015, foi registrado no estado um total de 38 mortes. Em 2016, o número subiu para 49. No ano seguinte, foram 36 e, em 2018, 32. O número voltou a subir em 2019, ano que registrou 38 mortes de paraibanas.
De acordo com a Comissão de Mortalidade Materna da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), entre as principais causas das mortes estão pré-eclâmpsia, hemorragia, infecções e abortos provocados. No entanto, o que mais chama a atenção, segundo o próprio Ministério da Saúde, é que cerca de 92% dessas mortes são consideradas evitáveis.
Deputada estadual e presidente da Comissão dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Camila Toscano (PSDB) defende que o Governo do Estado adote um plano de enfrentamento para evitar o aumento de mortes.
“Por menor que seja o aumento, temos que considerar que são vidas que deixam de existir. É preciso que o Governo do Estado tenha um olhar mais sensível para essa causa de morte de mulheres. É essencial fortalecer a atenção à saúde materno-infantil em toda a Paraíba para que tenhamos um detalhamento das causas das mortes em cada região. A partir disso, montar um plano de enfrentamento para cada localidade”, sugere.