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M?todo Canguru ser? ampliado para todas as maternidades da Para?ba

Todas as maternidades do Estado vão trabalhar com o Método Canguru, uma alternativa ao cuidado neonatal convencional para bebês que nascem prematuros. Para isso, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), promove esta semana, no campus da Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, o curso de capacitação de tutores na atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso – Método Canguru, para profissionais que atuam nas maternidades do Estado.

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“Estes profissionais ficarão preparados para instalar o método nos seus serviços. Além do mais, o curso fortalecerá a rede de atenção à saúde da criança prematura, para que o atendimento e cuidado sejam cada vez mais humanizados”, disse a diretora do Centro Estadual de Referência para Bancos de Leite Humano Anita Cabral, da SES, Thaíse Ribeiro.

Um dos ministrantes do curso é o médico, professor do Unicamp e consultor do Método Canguru, do Ministério da Saúde, Sérgio Marba. Durante a aula de abertura, ele disse que o método aumenta as taxas de aleitamento materno e destacou as três etapas do método: 1ª – UTI; 2ª – Unidade Semintensiva e 3ª – ambulatorial e lembrou que um dos critérios para o bebê fazer parte do método é que tenha peso mínimo de 1.250 gramas e a mãe deve ser consciente e ter saúde física e mental.

A professora doutora em Pediatria e coordenadora da Unidade Neonatal do HU, Valderez Araújo, é uma das participantes do curso. Ela explicou que na maternidade daquele hospital o método já está na fase um, que é a UTI, onde a criança prematura fica até chegar o momento de ir para junto da mãe ou do pai no Método Canguru. “Com este curso ocorre uma mudança de visão dos profissionais; é estimulado o aleitamento materno, o vínculo pele a pele entre pais e filhos e ainda melhora a qualidade da assistência. Ou seja, com isso estamos instalando a tecnologia do afeto”, ressaltou.

Na Paraíba, o Método Canguru funciona em cinco serviços: na capital, nas maternidades Frei Damião e Cândida Vargas; em Campina Grande, no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA) e Clipsi Hospital Geral; e em Patos, na Maternidade Peregrino de Carvalho.

A Cândida Vargas, que é referência no Estado, foi pioneira na implantação do método há 15 anos. Tem 16 leitos que estão ocupados diariamente com pais e bebês de vários municípios.

“Muito importante este curso porque quanto mais houver ajuda, mais haverá segurança, melhora a estrutura, aumentam os serviços e mais crianças serão salvas”, falou a pediatra, coordenadora do método na Cândida Vargas e consultora do Ministério da Saúde, referência no estado, Euda Maria Farias Diniz Aranda. Segundo a médica, uma das principais causas do parto prematuro é a falta do pré-natal.
Método Canguru – O Método Canguru tem sido proposto como uma alternativa ao cuidado neonatal convencional para bebês que nascem prematuros. A posição canguru consiste em manter o recém-nascido de baixo peso, ligeiramente vestido, na posição vertical, contra o peito do pai ou da mãe.

Vantagens do método

Aumenta o vínculo mãe-filho;

Diminui o tempo de separação mãe-filho, evitando longos períodos sem estimulação sensorial;

Estimula o aleitamento materno, favorecendo maior freqüência, precocidade e duração da amamentação;

Proporciona maior competência e amplia a confiança dos pais no manuseio do seu filho de baixo peso, mesmo após a alta hospitalar;

Favorece um controle térmico melhor;

Reduz o número de recém-nascidos em unidades de cuidados intermediários devido à maior rotatividade de leitos;

Proporciona um relacionamento melhor da família com a equipe de saúde;

Favorece a diminuição da infecção hospitalar;

Diminui a permanência hospitalar.

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