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Paraibana busca família biológica 54 anos após rapto em maternidade

Cinquenta e quatro anos depois de nascer veio a descoberta: havia sido raptada da maternidade por uma mulher que dizia ser sua mãe. Esse é o drama vivido por Creuza Borges, uma pessoense nascida em 1961 que foi roubada do berçário da Maternidade Cândida Vargas.

Ao Portal Correio, Creuza contou que teve as primeiras impressões de que poderia não ser filha biológica de sua mãe ainda no tempo de escola quando era adolescente.

“No colégio, as colegas sempre perguntavam para mim se minha mãe era minha mãe de verdade por causa da idade dela e da cor, já que sou de pele mais clara do que a dela. Foi ai que comecei a desconfiar. Vim descobrir mesmo há dois anos, quando ela (mãe de criação) amputou as pernas e deve ter se arrependido do que fez e acabou me contando. Fiquei surpresa e muito triste”, contou Creuza.

Após saber que havia sido raptada, Creuza contou que questionou a mãe de criação sobre os motivos que a levaram a sequestrar uma recém-nascida da maternidade. Foi aí que ela descobriu que sua mãe biológica pode não ter descoberto até hoje como o rapto ocorreu.

“Ela (mãe de criação) falou que meu pai queria um filho e como ela já tinha uma idade avançada não podia ter filhos. Então ela comprou um enxoval e foi para a maternidade na hora da visita. Ela disse que esperou a visita acabar e quando todos foram embora ela foi no berçário e me pegou sem ninguém ver, indo embora da maternidade comigo. Fiquei decepcionada” , disse Creuza.

Após conhecer o passado, Creuza buscou ajuda na maternidade onde ela teria nascido conforme consta na Certidão de Nascimento dela. Porém, a dificuldade em conseguir informações sobre a sua verdadeira família aumentou com alegação de que ela precisaria saber o nome da mãe biológica para conseguir acesso ao documento em arquivo.

“Lá na maternidade me disseram que sem eu saber o nome da minha mãe biológica fica difícil conseguir o arquivo do meu nascimento, mas só tenho a minha Certidão que informa minha mãe de criação como mãe biológica. Naquela época muitas pessoas só eram registradas dias e até meses depois de nascerem. Então minha data de nascimento (28 de setembro de 1961) pode não ser a verdadeira. Já questionei ela (mãe de criação) para saber se essa data de nascimento é verdadeira, mas ela sempre me responde de manei hostil”, falou Creuza.

Ajuda nas redes sociais

A história sobre o rapto de Creuza Borges foi postada em uma rede social por ela mesma. A postagem já conta com mais de 100 comentários e 175 compartilhamentos.

“Eu tenho o sonho de conhecer a minha família biológica. Quem sabe minha família também esteja a minha procura”, afirmou Creuza.

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