Uma mulher transsexual de 34 anos morreu, na tarde dessa quarta-feira (5), no Hospital de Trauma, em João Pessoa (PB), após uma aplicação de silicone industrial na coxa, em uma clínica clandestina. As informações são da TV Correio.
Maísa Andrade morava em Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, e viajou, na última terça-feira (4), para João Pessoa onde realizou o procedimento estético. Após a aplicação do silicone na coxa, ela passou mal e foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Segundo informações apuradas pela TV Correio, ela estava com taquicardia, pressão baixa, vômitos e convulsões e foi levada para o Hospital de Trauma de João Pessoa. O Trauma informou que a paciente chegou em coma, respirando com o auxílio de aparelhos e com marcas de agulhas e deformidades na área onde houve a aplicação. Ela deu entrada no setor de emergência.
A equipe médica trabalhou durante oito horas para salvá-la, mas ela não resistiu e morreu nessa quarta (5). A Gerência Executiva de Medicina e Odontologia Legal (Gemol) liberou o corpo nesta quinta-feira (6), para sepultamento em Cajazeiras.
Maísa trabalhava como cabeleireira e era militante do Movimento em Defesa dos Direitos Humanos da População LGBTQI+, em Cajazeiras.
O caso passou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios de João Pessoa, que trabalha para identificar o local onde a vítima fez o procedimento e responsabilizar quem fez a aplicação. Até o começo da tarde desta quinta (6), nenhum suspeito havia sido preso. Parentes e amigos da vítima são ouvidos pela polícia.
Segundo alerta do Hospital de Trauma de João Pessoa, esses casos estão se tornando frequentes e é preciso que a população, principalmente os jovens, evitem esses procedimentos porque são ilegais e fatais.
Procedimentos estéticos devem ser feitos com médicos, em clínicas especializadas e sob orientação profissional, com produtos seguros e adequados para cada situação.