Mulheres vítimas de violência doméstica têm acesso, desde essa segunda-feira (6), de um aparelho que vai acionar rapidamente a polícia e a Delegacia da Mulher na Paraíba. No projeto piloto, 50 aparelhos foram disponibilizados e funcionam como um ‘botão do pânico’, para ser acionado pela vítima todas as vezes que o agressor se aproximar sem sua autorização.
A secretária de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, Gilberta Soares, disse que o programa já estava em funcionamento, através de um projeto piloto, e que neste primeiro momento, 50 aparelhos foram disponibilizados. “A partir das necessidades que forem surgindo, ampliaremos o programa que, por enquanto, atende Campina Grande e João Pessoa, que possuem Delegacia Especializada da Mulher e Vara de Violência Doméstica contra a Mulher”, explicou
O aparelho é equipado com um aplicativo que tem botões com três cores diferentes. Ao apertar a cor verde, a mulher indica que não há perigo; caso ela receba alguma ameaça por telefone ou saiba que o agressor está por perto, pode acionar o botão amarelo; se o risco aumentar e a situação ficar mais grave, a vítima aperta o botão vermelho e a polícia é comunicada.
A medida faz parte do Programa Mulher Protegida e S.O.S Mulher, do
Governo da Paraíba, com apoio do Poder Judiciário estadual e da rede de
proteção à mulher.
Segundo a delegada da Mulher, Maysa Félix, “quando a vítima acionar o botão vermelho, imediatamente é enviado um sinal para o Centro Integrado de Operações Policiais e para a Central, que determina que a viatura mais próxima se dirija ao local em que a vítima se encontra. A localidade é identificada por meio de GPS”.
A iniciativa foi formalizada nessa segunda, em solenidade no Tribunal de Justiça do Estado, e vai garantir ainda que as polícias Militar e Civil façam visitas regulares nas casas das vítimas para fiscalização do cumprimento das medidas protetivas expedidas pela Justiça contra os agressores.
A presidente do TJPB, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, ressaltou que a sociedade deve contribuir para preservação da segurança da mulher, de forma que denuncie casos de violência. “É preciso que os Poderes Públicos trabalhem de forma eficiente e célere, mas também é preciso que a sociedade abrace esta luta, apoiando a mulher que quer denunciar e lutando com ela pela preservação de sua dignidade”, disse.
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