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Mulheres assumem tr?fico no lugar dos maridos que j? est?o presos pela venda de drogas na PB

As autoridades estão trabalhando para apurar o aumento do número de mulheres envolvidas com o tráfico de drogas na Paraíba. Conforme a Polícia Militar, os homens que são presos pelo crime no estado estariam deixando a função ilícita para que ela seja continuada pelas esposas ou companheiras afetivas.

De acordo com informações do comandante da 2ª Companhia Independente de Polícia Militar em Mamanguape, capitão Alberto Filho, só nesta semana, dois pontos de vendas de drogas foram fechados em cidades do Litoral Norte da Paraíba e ambos eram comandados por mulheres.

Nesta sexta-feira (17), uma mulher de 34 anos foi presa por arremessar no presídio do Roger, em João Pessoa, sete celulares e três pedras de crack. Segundo a direção da penitenciária, o marido dela está preso no local. A mulher foi autuada em flagrante, por tráfico de drogas.

Na quinta-feira (16), em Itapororoca, a 69 km da Capital, mais duas mulheres, de 27 e 19 anos, foram flagradas com 10 pedras de crack, sete papelotes de maconha, nove aparelhos de celular (recebidos como pagamento no comércio das drogas), uma câmera fotográfica digital e R$ 1.783,00 em espécie. 

Na quarta-feira (15), outra de 25 anos foi presa em flagrante na cidade de Mamanguape, a 62 km de João Pessoa, enquanto partia pedras de crack para venda na região. Além disso, ela tinha 22 pedras do entorpecente que já estavam prontas para comercialização, um revólver calibre 38 com seis munições e R$ 464,00 em dinheiro trocado, proveniente da venda de drogas.

Todo o material encontrado pela PM nas ocorrências foi apreendido e as três foram transferidas para a Penitenciária de Recuperação Feminina Maria  Julia  Maranhão (Bom Pastor), em João Pessoa.

Parte do material apreendido pela PM

Foto: Parte do material apreendido pela PM
Créditos: Portal Correio

Capitão Alberto Filho ainda lembra outros casos recentes que envolveram a participação de mulheres com o tráfico de drogas na Paraíba, como as quatro que tentaram entrar no presídio com drogas escondidas em vassouras, de outra flagrada com 15 celulares e um quilo de maconha no Serrotão, em Campina Grande, e de vários casos semelhantes em que elas insistem em transportar equipamentos e entorpecentes nos órgãos genitais.

O comandante da 2ª CIPM afirma que está trabalhando em mais dois casos de mulheres envolvidas com o tráfico de drogas. Um deles é na cidade de Baía da Traição, que fica na mesma região de Mamanguape, onde o marido já foi preso pelo crime, mas a companheira está assumindo o comércio de drogas no Litoral Norte. Ele não informou detalhes para não atrapalhar o trabalho da polícia.

Outra constatação importante apontada pelo Capitão Alberto Filho é de que as ‘senhoras do tráfico’ andam confiantes de que não podem ser abordadas nem revistadas por policiais homens, o que as faz se sentirem livres para esconder entorpecentes dentro das roupas, como forma de driblar o trabalho das autoridades.

Porém, o capitão reforça que isso não impede o andamento das abordagens e que se a mulher não for flagrada comercializando a droga, mas estiver sob suspeita, policiais mulheres são acionadas para dar continuidade aos procedimentos cabíveis.

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