A Secretaria de Segurança da Paraíba convocou a imprensa para uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (7), que durou 30 minutos para, em resumo, dizer apenas que a população vai ficar no prejuízo após a interdição do Instituto de Polícia Científica (IPC) pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-PB).
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Segundo a direção do IPC, a população está sem opções se precisar de emissão de laudos, documentos de identidade, exames de corpo de delito, procedimentos policiais e qualquer serviço feito no local e não há previsão de retorno. O IPC é responsável pela emissão de 17 mil documentos de RG para todo o estado por mês.
Os equipamentos que realizam esses serviços estão no prédio e não podem ser removidos por causa da interdição. Segundo a Secretaria de Segurança, o relatório enviado pelo MPT-PB é uma versão resumida e o oficial só sairá em 30 dias. Só depois do relatório completo que a Secretaria de Segurança vai poder tomar providências.
Os corpos vão ser transferidos para as cidades de Campina Grande e Guarabira onde ficarão armazenados, apenas, visto que não podem ser reconhecidos pelos parentes em outras cidades e também não poderão ser periciados.
A Secretaria de Segurança e o IPC dizem que não estão se esquivando de responsabilidades e reconhecem que há problemas no local, mas entendem que precisam de mais tempo para resolvê-los e defendem uma reconsideração do MPT-PB.
Uma fiscalização do MPT-PB constatou precariedades no prédio do IPC, no bairro do Cristo, em João Pessoa, e determinou a interdição do prédio. No relatório técnico, a fiscalização encontrou câmaras frias sujas e vazamentos de material biológico no setor de necropsia, improvisação de materiais de trabalho e presença de insetos, entre outros problemas.