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No limite

Ele carrega o nome de uma família que protagonizou importante fatos da história da Paraíba. É neto do ex-governador, ex-senador e ex-ministro João Agripino Maia, e filho do ex-deputado Gervásio Bonavides Maia, que morreu precocemente mas ainda cumpriu três mandatos e presidiu a Assembleia. Para seguir os seus passos, o herdeiro Gervasinho se filiou ao mesmo partido, o PMDB, agora motivo de desgosto.

No 4º mandato de deputado estadual e eleito presidente do Poder Legislativo, com posse marcada para o dia 1º de fevereiro de 2017, Gervasinho esperava assumir neste mês a presidência do PMDB de João Pessoa, sucedendo o deputado federal Manoel Júnior, que assumiu em fevereiro de 2013 em razão de acordo que garantia a alternância no cargo ao final de mandato de dois anos.

O tempo da substituição chegou, mas o cenário mudou e o acordo não funcionou. O fato de ser próximo ao governador Ricardo Coutinho transformou Gervásio Maia em não confiável para os defensores da tese da candidatura própria a prefeito da Capital. E Manoel Júnior, como pré-candidato a prefeito, estabeleceu que quem quiser seu cargo terá que vencê-lo no voto dos filiados.

Gervasinho se ressente do presidente estadual do PMDB, o senador José Maranhão, por não “chamar o feito à ordem”. Se optar por um lado poderia custar caro ao partido, adiar um posicionamento à espera de um entendimento que não tem chances de ocorrer poderá ter consequências maiores. Ele lembra que tem sido fiel ao PMDB, que foi um dos poucos a votar no candidato Vital do Rêgo, mas essa postura não pesa no partido.

Gervasinho e Manoel Júnior já evoluíram de farpas a provocações maiores. “Já passou do limite. Azedou de um jeito que não tem mais jeito”, diz o futuro presidente da Assembleia sobre os embates com seu oponente. Ele também lamenta as posições do ex-governador Roberto Paulino e do deputado federal Hugo Motta, que teriam exigido seu compromisso com a candidatura própria antes de falar em cumprimento do acordo de 2013.

Gervasinho conta que argumentou que a Executiva Estadual poderia avocar a questão para sua deliberação, já que são 12 os integrantes e ele tem apenas o seu voto. Não funcionou.

Ele não diz como reagirá, só avisa que não vai brigar. Mas entre esse dois pontos existe um universo de possibilidades.

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