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Nosso lado ?Birdy?

Se estivéssemos exercitando o lado “Birdy” de cada um de nós, as coisas estariam bem melhores. Com certeza. Mas, qual o lado “Birdy”?

“Birdy” é um dos personagens principais do filme de mesmo nome, de Alan Parker, exibido entre nós, como “Asas da liberdade”. Morando na Filadélfia, “Birdy” só tinha um objetivo na vida: voar como os pássaros. Fez de tudo para isso. Certa vez, arrebentou-se e ganhou alguns dias de hospital. Uma adolescência inteira pensando em ser pássaro, talvez porque os pássaros em muitas coisas são mais livres e racionais que os humanos.

Veio a guerra do Vietnã. “Birdy” terminou num asilo, sem saber mais falar, ou aparentando não saber falar. Numa cela, “Birdy” estava sempre em posição de pássaro, pronto para voar se algum dia o tirassem de lá.

O filme de Alan Parker é muito bonito. Talvez seja o melhor que assinou, superior a “Pink Floyd – The wall”, a “O expresso da meia-noite”.

Seu “Birdy” é um dos mais significativos personagens de toda a filmografia americana, na estatura da galeria feita para o teatro, e depois levada ao cinema, por um Tennessee Williams ou um Eugene O’Neill.

Do filme de Alan Parker – que revi, na semana passada, em vídeo – fica uma reflexão: se todos buscássemos a inocência perdida, estaríamos melhores. Não a inocência ingênua pregada pelos que entendem a liberdade como mera fuga. Mas, a inocência que (re)liga o espírito ao que entendemos como criação, tão bem revista na “Breve história do tempo”, via Stephen Hawking.

No mais, tudo é uma questão de sonoridade. Por isso acho belíssimos nomes como Katmandu, Brejo do Cruz, Cienfuegos, Bad-Durkheim, Montes Claros, Connecticut.

Como linda a rima de Gilberto Gil terminando “Oriente”: “Determine, rapaz. Onde vai ser seu curso de pós-graduação. Se oriente, rapaz, pela rotação da Terra em torno do Sol. Sorridente rapaz, pela continuidade do sonho de Adão”.

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