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Nova norma sobre rotulagem pode trazer segurança alimentar

Nutricionista aponta ainda necessidade de estratégias de educação alimentar e nutricional

Para muitas pessoas, ter uma alimentação saudável é um processo difícil. Algumas entendem que cozinhar a própria comida é uma perda de tempo produtivo para o trabalho, mesmo em home office. Para outras, os atuais preços mais caros em alimentos como o arroz são empecilhos. Daí comem produtos que se dizem completos, mas que carregam grandes quantidades de nutrientes, conservantes e aditivos químicos prejudiciais à saúde.

Contudo, uma nova resolução aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) quanto a rotulagem nutricional de alimentos embalados poderá trazer mais segurança aos consumidores. Obrigatória, a nova norma trará uma rotulagem frontal com uma lupa que indicará altos teores de açúcar, gordura e sódio.

A norma também trará mais transparência quanto a leitura dos rótulos já conhecidos: haverá mudanças na formatação da tabela de informação nutricional, obrigatoriedade de informações sobre medidas caseiras, quantidade de açúcares, valor energético e nutricional. E é justamente isso que pode favorecer a autonomia alimentar do cidadão a partir do consumo consciente, avalia a nutricionista, enfermeira e Profa. Ma. Mariana de Sousa Dantas Rodrigues, do curso de Enfermagem do Unipê.

“No entanto, alinhada com as metas internacionais dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que visam a garantia da segurança alimentar e melhoria da nutrição, ressalta-se a participação dos profissionais de saúde e outros na articulação intersetorial para adoção de estratégias de Educação Alimentar e Nutricional, no intuito de esclarecer os indivíduos sobre alimentação saudável e sistemas alimentares sustentáveis, além de promover práticas de saúde capazes de melhorar a qualidade de vida da população” coloca a nutricionista.

Mas Mariana ressalva: “o avanço da produção de alimentos no âmbito industrial destaca o agronegócio como uma barreira capaz de intensificar a crise global do sistema alimentar e comprometer a adoção de hábitos alimentares tradicionais e saudáveis”.

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