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Novo arcebispo da PB diz que casos de pedofilia não vão para ‘debaixo do tapete’

O novo arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson, concedeu uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (8), logo após o anúncio de sua nomeação, para falar como deve ser a sua condução na Igreja Católica paraibana, principalmente com relação a denúncias de pedofilia. Dom Delson garantiu que irá trabalhar para combater qualquer prática deste tipo e assegurou que todos os casos denunciados serão acompanhados e investigados e nenhum deles deve ser jogado para debaixo do tapete.


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“A orientação sobre estas questões é dada pelo Papa e eu vou seguir, de acompanhar cada caso na justiça e, concluindo os processos, encaminhar para Roma tomar a última decisão com a Congregação do Clero e a Congregação dos Bispos. Eu vou estar mais preocupado com as questões pastorais e se novos casos aparecerem ai me cabe abrir o inquérito interno e ser apurado qualquer culpa para encaminhar para Roma. Já existem orientações bem concretas da Igreja e a gente vai segui-las, rezando para que a igreja se converta. Nos fatos concretos a igreja tem que agir para manter a igreja livre da pedofilia”, declarou, conforme o Correio Online.

Ainda em relação à pedofilia, ele falou que as dificuldades da Arquidiocese todos conhecem e não é novidade. De acordo com Dom Delson, a primeira coisa é trabalhar bem com o Clero, na formação e ajudar a elevar sua autoestima. “Eu creio que estando próximo, convivendo e apontando os caminhos que a igreja deve percorrer. No mais eu preciso entrar na realidade da Arquidiocese para então dar a minha contribuição. Vou lá como irmão para servir nas alegrias e nas tristezas, nas vitórias e nos fracassos eu vou caminhar com aquela igreja santa e pecadora”.

Além disso, ele afirmou que serão formados diálogos a respeito da participação de padres na política, mas não quis dar detalhes.


Sobre a escolha

Dom Delson confessou ter ficado ansioso sobre a sua escolha para assumir a Arquidiocese. “Eu tremi nas bases. Eu vinha pensando que devia ser outro porque minha expectativa era continuar mais tempo em Campina Grande. Até eu dizer sim, eu fiquei muito inquieto, mas depois de dizer sim eu me acalmei. Eu sei das dificuldades, mas sei também da vontade de todos em contribuir”, falou o novo arcebispo.

Ele explicou que foram quatro anos e meio de trabalho na diocese campinense que o fizeram sentir-se integrado a cidade, se sentindo como um filho desta terra. “Eu tenho o título de cidadão campinense, que muito me orgulho e a transferência me deixa aquele sentimento de uma dificuldade de digerir essa mudança, mas faz parte do trabalho na igreja. Vou com este sentimento de ter que deixar Campina Grande, mas também abraçar essa nova missão que o Papa me confia, vou com este espirito de colaborar com a igreja”.

O bispo já sabia que seria o escolhido desde o dia 11 de fevereiro quando recebeu o comunicado e lhe foi dado alguns dias para responder se aceitaria ou não. “Eu não poderia dizer não porque teria que ter um motivo grave e confiando na história de Deus em nossa vida, eu disse sim”, falou.

Posse. A posse de Dom Delson como Arcebispo Metropolitano da Paraíba está marcada para o dia 20 de maio. Ele vai ser o sétimo Arcebispo. Até esta data, Dom Genival Saraiva de França fica no cargo de Administrador Apostólico da Arquidiocese da Paraíba.

Dom Delson continua na administração da Diocese campinense até o dia 20 de maio. Após esta data, será marcada uma reunião do Colégio de Consultores, composto por seis padres da cidade, para escolher um novo administrador interino, que ficará a frente até um novo bispo ser anunciado, o chamado tempo de vacância.

“Eu espero que seja um bispo que tenha uma boa relação com o clero e também uma capacidade pastoral muito grande. Campina Grande tem muitos desafios e certamente eu não consegui atingir todos desta grande cidade. O novo bispo deve ter a capacidade de perceber os desafios e responder a esta demanda com ações concretas”, disse.

“A missão na igreja é de quem tem fé. Se a gente olhar pelo lado humano, a gente acha assim ‘será que eu vou dar conta disso’, mas Deus vai ajudar. Nesses quatro anos, eu aprendi muita coisa em Campina Grande e creio que essa vivência como bispo me ajudará bastante” – Dom Manoel Delson.

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