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Futuro de Cabedelo é decidido em reunião a portas fechadas

Os suplentes que assumiram temporariamente cadeiras na Câmara Municipal de Cabedelo tiveram uma reunião a portas fechadas, na manhã desta quarta-feira (4), antes do início da sessão, que deve definir a nova Mesa Diretora e, consequentemente, o novo prefeito do município. Eles chegam ao cargo de vereador após a Operação Xeque-Mate, da Polícia Federal, prender cinco vereadores e afastar outros cinco das atividades parlamentares.

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Entre os parlamentares presos estão o presidente e a vice-presidente da Câmara, Lúcio José e Jacqueline Monteiro. O prefeito, Leto Viana, também foi preso e o vice dele, Flávio de Oliveira, afastado. Com isso, a Prefeitura ficou sem administração.

De acordo com o procurador da Câmara, Vandalberto Carvalho, já nesta quarta-feira será definido como fica a administração pública de Cabedelo, tanto na esfera executiva, quanto legislativa.

“A Câmara vai se reunir sob presidência do vereador mais votado e convocará uma sessão extraordinária para eleger uma nova Mesa Diretora, que vai gerir de forma provisória os trabalhos legislativos e executivos. Essa Mesa que será eleita hoje será temporária, enquanto perdurar a situação que o Município se encontra hoje”, explicou o procurador da Câmara.

Vandalberto Carvalho evitou comentar a possibilidade de um processo para cassação de mandatos. “Tudo que for decidido hoje será de natureza provisória. A decisão judicial é preventiva, então o cenário pode mudar a qualquer momento e os afastados voltarem às suas funções”.

Mobilização popular

Em frente à Câmara Municipal, moradores de Cabedelo protestaram contra o esquema de corrupção exposto nessa terça-feira. Ivo Oliveira disse que “uma quadrilha se instalou na cidade” e lamentou a situação.

“É muito triste. Cabedelo é uma cidade rica. Em renda per capita, ela ganha de todos os municípios. Mas, numa cidade com tanto potencial, o que vemos é miserabilidade. Não há investimento em Educação, Saúde e Infraestrutura. A cidade está acabada, sucateada. Os vereadores dando carta-renúncia ao prefeito e combinando manobras políticas na Câmara é lamentável”, argumentou.

A professora Socorro Fernandes completou dizendo que se sente lesada pela corrupção na administração pública. “Várias coisas aconteceram, direitos foram tirados dos trabalhadores, a cidade ficou um caos. Precisamos que a população tome a cidade de volta. Precisamos nos unir para que a situação melhore”, afirmou.

* Com informações de Alexandre Kito, do Jornal Correio da Paraíba.

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