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Registro de assaltos cai, mas passa de 5,4 mil em JP e CG

João Pessoa e Campina Grande apresentaram redução nos números de roubo a pessoas (assaltos) em 2018, se comparado com o ano de 2017. As cidades dão conta, respectivamente, de reduções em 21% e 51% nos casos. Os números são do Anuário de Segurança Pública, apresentado pelo Governo da Paraíba nesta quinta-feira (31).

O levantamento não traz os números absolutos de roubo a pessoa em 2018, apenas os percentuais. Com base nos dados divulgados no Anuário em fevereiro de 2018, o Portal Correio calculcou que João Pessoa registrou 4.772 casos no último ano, enquanto em 2017 os registros dão conta de 6.041 pessoas vítimas de assaltos. Campina Grande, por sua vez, teve 1.289 em 2017 e 632 casos em 2018. Somadas, as duas maiores cidades da Paraíba registraram mais de 5,4 mil assaltos em 2018

Uma vez que muitas pessoas não registram Boletim de Ocorrência quando assaltadas, os números são expostos com base nos registros reunidos pelo Núcleo de Análise Criminal e Estatística (Nace), da Secretaria da Segurança e da Defesa Social. Ou seja, pode haver subnotificação por causa das vítimas que não vão à delegacia.

Em dezembro de 2018, os números do Anuário foram apresentados preliminarmente em uma reunião que aconteceu no Palácio da Redenção, em João Pessoa, mas trouxeram informações apenas do número de homicídios, até novembro.

Orientação da PM

O comandante do Segundo Batalhão de Polícia Militar da Paraíba, em Campina Grande, Rogério Damasceno, explicou que não reagir é sempre o mais recomendado em casos de assaltos.

“A orientação da Policia Militar é de que a vítima nunca reaja, ela deve procurar entrar em contato com a gente através do 190, assim que o assalto acabar, mas ela também deve ir até uma delegacia e prestar o Boletim de Ocorrência. A vítima ainda pode ter o material recuperado através das investigações”.

Importância do B.O

O delegado seccional da Zona Leste de Campina Grande, Pedro Ivo, esclareceu que o Boletim de Ocorrência deve ser realizado pelas pessoas. Ele explicou que o B.O tem dois pontos importantes a ser considerados, sendo eles possibilitar a investigação acerca do assalto e ainda a contribuição para as estatísticas de segurança.

“O primeiro ponto a se destacar, acerca do B.O, é que ele vai possibilitar que a Polícia Civil investigue a ocorrência. De nada adianta ligar para o 190 se não for documentado na Polícia Civil. É através dele [B.O] que o inquérito de investigação é iniciado”, enfatizou o delegado.

Ele explicou também como os dados estáticos podem ajudar a população em zonas de risco. “O segundo ponto a ser destacado são as estatísticas da segurança. A partir do momento que um assalto é registrado, esses dados apuram as áreas que possam ser consideradas mais críticas e de risco para a população. Nesse caso, o B.O também serve para que a polícias possam adotar ações específicas em determinadas regiões”.

Coletiva

A Secretaria de Segurança da Paraíba convocou a imprensa para uma entrevista coletiva, na qual seriam apresentados detalhes dos dados do Anúario da Segurança e os jornalistas poderiam esclarecer as dúvidas. Porém, não foi aberto espaço para isso e os dados foram enviados por email, sem espaço para mais esclarecimentos.

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