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O aval de Meirelles

Além de ter apoiado a reeleição da presidente Dilma Rousseff no 2° turno – o que lhe rendeu em troca o apoio do PMDB na Paraíba – o governador Ricardo Coutinho se posicionou como articulador regional junto ao governo da petista. Defendia, com os demais governadores, um tratamento diferenciado que assegurasse ritmo de crescimento capaz de eliminar diferenças que separam o Nordeste de outras regiões.

Em julho de 2015, a Paraíba tinha requerido o aval do governo federal para operações de crédito, destinadas a investimentos, que somavam mais de R$ 2,1 bilhão. Era a garantia de muitas obras, principalmente na área de infraestrutura, e mais empregos.

O Estado negociava US$ 250 milhões com a CAF (para estradas), outros US$ 250 milhões com o BIRD (infraestrutura hídrica), mais US$ 50 milhões para o Cooperar, R$ 39 milhões com o CPAC (contrapartida do PAC) e R$ 160 milhões para saneamento de Patos.

Se a presidente Dilma tivesse dado o aval, a Paraíba estaria noutra situação. Mas não foi o que aconteceu. Em agosto de 2015, em resposta ao rebaixamento da nota do Brasil por agência de avaliação de risco, o Tesouro suspendeu as análise, decepcionado os Estados.

Com a queda de receitas, a dependência de empréstimos para investimentos ficou ainda maior, e o governador da Paraíba, em várias oportunidades falou dos esforços que fazia para conseguir os recursos. A mudança de Dilma para Michel Temer fez com que exigisse tratamento republicano dos novos ocupantes do poder.

Não foi sem razão. A retaliação política é prática antiga. Mas não tem espaço no Brasil de hoje. Demorou apenas 12 dias para que o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles desse o aval do governo federal para duas operações de crédito da Paraíba, que somam R$ 149,7 milhões. É uma pequena parte, mas um bom início.

O governador destacou o empenho da presidente afastada e o apoio de Raimundo Lira (PMDB), que é vice-presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Mas foi o ministro Meirelles, que tinha o poder de negar, adiar ou autorizar, quem avalizou as operações.

A crise não impediu o ministro, e os interesses políticos não deveriam dificultar o reconhecimento de que há esforço por novas práticas no exercício do poder.

TORPEDO

“Acho que é interesse de todos que a comissão não esteja em funcionamento no auge das eleições municipais, que deve se dar exatamente no mês de setembro, mês que antecede outubro, quando vamos ter, realmente, as eleições.”

Do presidente da Comissão de Impeachment, Raimundo Lira, que defende cronograma que garanta sua conclusão em agosto.

No calendário

Termina amanhã o prazo para a presidente afastada Dilma Rousseff entregar sua defesa. Na quinta, a comissão votará o plano de trabalho do relator, que reserva o dia 20 de junho para a petista falar aos senadores.

Corte

O procurador-geral do Estado, Bertrand Asfora está articulando reunião dos Poderes e órgãos autônomos do Estado, sobre a LDO de 2017. O Executivo anunciou corte de R$ 74 milhões em seus orçamentos.

Sem alteração

O senador José Maranhão diz que até agora não há nenhum fato novo que justifique mudança de entendimento em relação ao impeachment de Dilma. Acha que a tese de que houve “armação” não convence ninguém.

Chuva e votos

As fortes chuvas de ontem deram discurso aos opositores do prefeito Luciano Cartaxo, que usaram as redes sociais para mostrar vídeos de ruas inundadas. Vereadores denunciaram novo rompimento no túnel da Lagoa.

ZIGUE-ZAGUE

A PEC 33/2012, que trata da redução da maioridade penal, volta a ser discutida na CCJ do Senado a partir de amanhã. É de autoria do senador Aloysio Nunes.

Prevê que maiores de 16 anos podem ser penalizado também por homicidio doloso, lesão corporal seguida de morte e reincidência em roubo qualificado.

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