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O destino da Lava Jato

O ministro Teori Zavascki estava para anunciar a homologação da maior delação premiada da história – 70 pessoas – os donos e os principais executivos da Odebrechet, que confessaram corrupção no Brasil e em vários outros países, e denunciaram políticos poderosos daqui e de além fronteiras, que receberam propinas para favorecer a empresa.

A homologação, que levantaria o sigilo do processo, foi adiada pela morte de Teori Zavascki, em um acidente de avião que precisa ser muito bem investigado, para eliminar qualquer dúvida quanto a ser ou não resultado de uma conspiração para proteger poderosos.

Não se trata de fantasia. Há oito meses, o filho de Teori, Francisco Zavascki falou sobre movimentos para frear a Lava Jato e escreveu no Facebook: “Acredito que a Lei e as instituições vão vencer. Porém, alerto: se algo acontecer com alguém da minha família, vocês já sabem onde procurar…! Fica o recado!”.

O depoimento do juiz Sérgio Moro dá a exata dimensão da contribuição do ministro: “Foi um grande magistrado e um herói brasileiro. Sem ele, não teria havido a Operação Lava Jato.” Por isso que o delegado Márcio Anselmo, da força-tarefa, defende que o “acidente” (as aspas são dele) seja “investigado a fundo”.

Para o procurador-geral Rodrigo Janot, o ministro “honrou o papel de magistrado, ao atuar de forma ética, isenta, discreta e extremamente técnica durante toda sua carreira” e que como relator da Lava Jato, “não hesitou em adotar medidas inéditas para a Suprema Corte, a pedido do Ministério Público Federal”. Que criminoso gosta de juiz com esse perfil?

A primeira consequência da morte é que a relatoria da Lava Jato para vai outro ministro. Caberá a presidente do STF, Carmem Lúcia decidir se espera a nomeação do seu substituto pelo presidente Michel Temer – e não tem prazo para isso – ou se vai redistribuir imediatamente. Se for esse o caso, haverá sorteio, e dependendo de quem for contemplado – nem todos têm o perfil técnico – haverá repercussão.

O Vem Pra Rua, movimento que mobilizou o país contra a corrupção, já avisou que estará em alerta e que espera muita transparência do STF na escolha do novo relator. Por fatalidade ou conspiração, os corruptos não podem ser beneficiados.

Visita de Temer

O presidente Michel Temer disse ao senador José Maranhão que virá a Paraíba em fevereiro e que pretende convidar a bancada federal para acompanhar a visita que fará as obras da transposição do São Francisco.00

Água do céu

Se os prognósticos dos meteotologistas se confirmarem, tem chance de Temer encontrar o Nordeste molhado. Estudos da Funceme e da Aesa apontam que são de 65% as chances de chuvas normais entre fevereiro e abril.

Água do rio

Os estudos animaram o presidente da Aesa, João Fernandes, que garante que se as águas do São Francisco chegarem em Monteiro no final de fevereiro, como anunciou Helder Barbalho, reforçarão Boqueirão já em abril.

Cota da base

Luciano Cartaxo deu resposta dura as pressões de vereadores por empregos. “O país vive um momento difícil. (…) Todo mundo tem que dar sua cota de sacrifício, do vereador ao prefeito. Não pode ser só o cidadão.

Zigue Zague

O líder da Oposição, Renato Gadelha defende que a Paraíba solicite a Força Nacional de Seguranca, para pente-fino em presídios. Quer prevenir problemas.

Em Alagoas, Renan Calheiros descartou assumir ministérios após concluir mandato na Presidência do Senado. Já teria decidido ocupar a liderança do PMDB.

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