Aguinaldo Ribeiro assumiu o primeiro mandato há 14 anos e ficou por oito na Assembleia Legislativa. Só está em Brasília há seis, mas já foi duas vezes líder do PP – dono da 3ª maior bancada na Câmara dos Deputados – e Ministro das Cidades, sendo reconhecido como articulador eficiente. Agora, foi convidado e aceitou ser o líder do governo Temer.
O paraibano chega ao novo posto com o apoio decisivo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que retribui a ajuda que recebeu quando estava em campanha pela reeleição e enfrentando forte oposição de parlamentares do Blocão. A força do PP foi importante para ampliar sua expectativa de vitória e atrair outras bancadas.
Aguinaldo está nos Estados Unidos e recebeu o convite do presidente Temer através do presidente do PP, Ciro Nogueira. Ele vai substituir André Moura (PSC), que se indispôs com Rodrigo Maia na sucessão na Câmara.
Esse novo desafio é bem maior do que a liderança do PP. As reformas que Michel Temer está enviando ao Congresso Nacional são necessárias, mas as soluções que propõe são polêmicas e impopulares, principalmente no que diz respeito à Previdência, que mobiliza centrais sindicais que ameaçam inclusive uma greve geral.
A pauta prioritária do governo inclui também o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e Distrito Federal, pelo qual o governo federal se dispõe a ajudar os em crise, mas exige contrapartidas que sofrem resistência dos governadores por causa do impacto social, que futuramente poderá resultar em dano eleitoral.
Aumento da alíquota da Previdência dos servidores para no mínimo 14%, revisão do regime jurídico dos servidores, proibição de novos reajustes e contratações, redução dos incentivos fiscais em no mínimo 20%, e privatizações, estão entre as exigências aos Estados que os deputados vão apreciar, dividindo parte do ônus.
A trajetória de Aguinaldo Ribeiro nos seis anos em Brasília é credencial para esse delicado cargo, cuja visibilidade é equivalente. A vitrine é sujeita as pedradas dos adversários, mas o trânsito no governo certamente compensa. E vai fortalecer sua posição na Paraíba.
Unanimidade
O deputado Raniery Paulino tem posições claras e firmes, mas não faz política com agressões. No PMDB tem sido antes de tudo um pacificador. Não foi surpresa ter sido escolhido líder da bancada, por unanimidade.
Unanimidade 2
Na Assembleia, dois deputados apoiam Ricardo Coutinho e dois fazem oposição. Raniery Paulino sempre esteve no segundo grupo. Agora terá que usar toda sua habilidade para unir e valorizar a bancada do PMDB.
3ª eleição…
O ministro Luís Roberto Barroso (STF) concedeu liminar em mandado de segurança, e o Tribunal de Justiça da Paraíba terá que fazer uma terceira eleição, em apenas quatro meses, para os integrantes de sua Mesa Diretora.
… no TJPB
A eleição de João Alves foi suspensa por não atender o critério de antiguidade. Tinha oito desembargadores antes dele. A de Joás de Brito Pereira, também. Márcio Murilo, o 1° na fila, abriu mão. O 2° é Saulo Benevides.
Zigue Zague
A Secretaria do Tesouro Nacional anuncia superávit primário de R$ 18,96 bilhões no primeiro mês de 2017. Diz que esse foi o melhor janeiro em quatro anos.
Senado votará após carnaval o projeto que reabre prazo para repatriação de ativos enviados ilegalmente ao Exterior. A previsão é de receita de até R$ 30 bilhões.