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O que é a Síndrome do Ovário Policístico?

Especialista do Unipê comenta os sintomas, sinais e as formas de diagnóstico

No Brasil, estima-se que 2 milhões de pessoas tenham diagnóstico de Síndrome do Ovário Policístico (SOP). A doença é a causa mais comum de infertilidade, sendo considerada como um dos distúrbios endócrinos e metabólicos mais comuns no país.

A SOP se manifesta durante a adolescência e se caracteriza principalmente por disfunção ovulatória e hiperandrogenismo. Basicamente, há a presença de cistos que podem causar alterações várias. Com isso, a principal diferença entre cisto no ovário e SOP está no tamanho e na quantidade de cistos.

Os sintomas e sinais da SOP se apresentam de forma diferente tanto clínica como bioquimicamente, englobando um espectro de características associadas de forma variável, segundo a médica ginecologista e obstetra Etiene Galvão, professora do curso de Medicina do Unipê.

“Dentre os sinais cutâneos de hiperandrogenismo, temos: o hirsutismo, que é o aparecimento de pelos na face, e acne moderada a grave. Há, ainda, uma irregularidade menstrual, como a oligomenorreia (menstruação pouco frequente), amenorreia (ausência de menstruação) ou sangramento irregular. E é possível que haja policistose em um ou em ambos os ovários. Dentre as consequências mais graves, estão a obesidade, resistência à insulina, dislipidemia e tolerância diminuída à glicose”, elenca a especialista.

Em geral, quem tem a SOP pode engravidar quando está em tratamento, e principalmente se a síndrome não estiver associada a outras patologias anovulatórias (ciclo menstrual ocorre sem a ovulação). A doença não tem cura, mas controle: são diversos os tratamentos, mas pode haver recorrência caso a terapia seja interrompida. A SOP tem tratamento, não tem cura.

Diagnóstico

O diagnóstico e a intervenção precoces são importantes para a qualidade de vida e o bem-estar de quem vive com SOP. Entretanto, a maioria das mulheres com a patologia afirma ter uma má experiência de diagnóstico relacionada a longos atrasos e informações de saúde inadequadas, conta Etiene Galvão.

“A SOP pode ser prontamente diagnosticada quando as pacientes apresentam características clássicas e ovariana policística na ultrassonografia transvaginal. Porém, tem havido considerável controvérsia sobre critérios diagnósticos específicos quando nem todas essas características clássicas são evidentes”, frisa a médica.

A ultrassonografia transvaginal é geralmente feita para determinar se a paciente tem morfologia ovariana policística. Contudo, nem todas as pessoas com possível SOP são submetidas ao procedimento. Outras formas de diagnosticar a doença são com testes bioquímicos, como os de testosterona total, livre e androstenediona. Além desses, histórico de saúde e exame físico podem apontar a incidência da síndrome.

“Por exemplo, história de menstruação irregular, sinais clínicos de hiperandrogenismo, como acne, hirsutismo e ou queda de cabelo de padrão masculino, e acantose nigricans (manchas escuras). As menstruações irregulares geralmente começam na adolescência, or outro lado, as mulheres que desenvolvem oligomenorreia em uma idade muito mais avançada, por exemplo, acima dos 30, 35 anos, são menos propensas a ter SOP”, pontua.

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