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O sinal de Manoel

O deputado Manoel Júnior deu declaração para encerrar a polêmica em torno da sua posse no cargo de vice-prefeito de João Pessoa, que obrigaria a renúncia ao mandato de deputado federal para o qual foi eleito em 2014: “Vamos estar, eu e Luciano, ajudando a cidade. O resto é dor de cotovelo de quem perdeu as eleições”.

A dúvida quanto a posse surgiu com a comparação do que tem como deputado federal – tanto prestígio como vantagens – e do que terá como vice-prefeito, e não de sua vontade de participar da gestão da Capital paraibana.

Um deputado federal tem salário de R$ 33,7 mil, auxílio-moradia de R$ 4,2 mil ou um apartamento funcional, mais R$ 92 mil por mês para contratar até 25 funcionários e R$ 41,3 mil para passagens, aluguel de veículos, divulgação e outras despesas. Ainda pode pedir ressarcimento de despesas médicas.

Como deputado federal tem gabinete com toda infraestrutura, representa o país em encontros internacionais, é paparicado pelo Presidente da República que precisa do seu voto, por prefeitos para os quais abre portas nos ministérios e tem visibilidade garantida na tribuna do plenário e debates nas comissões.

No contraponto, o salário atual do vice-prefeito de João Pessoa é R$ 15 mil, com direito a um gabinete na Estação das Artes, no Altiplano. Não tem poder de fazer. Se necessário, substituirá temporariamente o prefeito. Contudo, se o cargo ficar vago, é o sucessor.

A posse de Manoel Júnior vai sinalizar a existência de compromisso para o futuro, pois é difícil acreditar que um político deixaria o que ele tem atualmente, em Brasília, por uma posição que não seduziu o atual vice-prefeito Nonato Bandeira a pleitear a reeleição.

É bom para Manoel Júnior, melhor para Luciano Cartaxo, que tem o poder municipal e será fortalecido pela perspectiva de um projeto estadual em 2018. Aliás, um sonho que nunca escondeu.

Por enquanto, Cartaxo está focado na gestão. Tenta ampliar o legado que garantiu sua reeleição. Com as incertezas com as quais temos que conviver atualmente no País, escolheu reforçar sua marca. Dando certo, a troca de Manoel será vantajosa.

Torpedo

“Com o Bolsa Família, generalizado, querem um modelo de fidelização que pode levar à eternização no poder. A compra de voto agora é institucionalizada”, Do presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, para quem o programa social influencia resultado das eleições.

A reforma

Uma reforma política “digna do nome”, é o que anuncia Renan Calheiros, que aponta três prioridades para as votações marcadas para novembro no Senado: fim das coligações, cláusula de barreira e fim da reeleição.

O freio

As votações serão dias 9 e 23 (1° e 2° turnos), com a PEC 36/2016, que estabelece que para ter representação no Congresso o partido precisa obter 2% dos votos no País, e que atinja esse percentual em 14 estados.

Bom negócio

Atualmente temos 35 partidos registrados e já são 51 os pedidos pendentes no TSE. Pela lei atual, todos têm direito ao fundo partidário, financiado pelos contribuintes. Neste 2016 foram R$ 819 milhões.

Parceria

A Câmara também tem pressa e vai instalar na terça-feira sua comissão especial para a reforma. O presidente, Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) diz que receberá sugestões, mas dará preferência ao projeto do Senado.

ZIGUE-ZAGUE

Se o TSE aceitar o parecer do vice-procurador-geral Nicolau Dino, Esperança terá nova eleição. Ele opinou pela inelegibilidade do prefeito eleito, Nobinho Almeida.

Marcos Vinicius não dá sinal de que possa abrir para Durval Ferreira na disputa pela presidência da Câmara. Acha que após 10 anos, o ciclo do colega terminou.

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