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O tempo de Dilma

Já se foram três do prazo de 10 dias com sessões, para a presidente Dilma Rouseff apresentar sua defesa ao pedido de impeachment que tramita na Câmara dos Deputados. E a oposição está tão decidida a evitar manobras protelatórias que até rejeitou adicionar ao processo o conteúdo da delação do senador Delcídio do Amaral, temendo recursos ao STF. Pretende garantir que o caso seja levado ao plenário até 15 de abril.

Tic-tac, tic-tac… Os governistas correm contra o tempo e só recebem notícias ruins: ao nascer do dia, a 26ª etapa da Lava Jato estava colhendo documentos na Odebrecht e confirmando a existência do setor de Operações Estruturadas, encarregado das propinas. Os investigadores seguiram orientações da secretária Maria Lúcia Tavares, que virou colaboradora e entregou as planilhas com todos os beneficiados. A lista é enorme e registra os pagamentos ao “Feira”, que seria João Santana.

No Palácio do Planalto, em ato organizado por profissionais da área jurídica simpatizantes de sua causa, Dilma Rousseff disparou: “Não cabem meias palavras: o que está em curso é um golpe contra a democracia. Jamais renunciarei”.

Logo depois, o governo sofria a 3ª derrota no STF no caso da nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil. O ministro Gilmar Mendes já havia suspendido a posse e devolvido as investigações para o juiz Sérgio Moro. O primeiro habeas corpus que tentava derrubar essa decisão foi arquivado por Luiz Fux. Ontem foi a vez de Rosa Weber.

Se o caso é de falta de notícia, aí é que causa preocupação, especialmente se for do vice-presidente Michel Temer, dirigente maior do PMDB, partido que pode decidir o impeachment. Ele convovou o diretório nacional para terça-feira. Na pauta, o desembarque do governo. Estaria trabalhando para garantir uma manifestação unânime.

Seguindo o exemplo do PMDB, deputados do PP estão pedindo uma reunião ao presidente do partido, Ciro Nogueira, para discutir saída da base governista. Já seriam 22 de uma bancada de 48.

O tempo tem favorecido mudanças no Mapa do Impeachment, alimentado pelo Vem Pra Rua: já são 246 deputados a favor, 119 contra e 147 que se dizem indecisos. Dilma precisa de 172 votos para barrar o processo. Por enquanto, não tem luz no fim do túnel.

Torpedo

“O Brasil precisa voltar a movimentar a economia. Eu tenho certeza absoluta que com recursos para habitação, para estradas, para escolas, a gente vai gerar mais empregos e aumentar o potencial de consumo e retomar o caminho do crescimento”.

De Ricardo Coutinho (PSB), no fórum dos governadores, defendendo alongamento de dívidas dos Estados como caminho para superar crise.

Na onda

O deputado Marcondes Gadelha (PSC) acha que a presidente Dilma não conseguirá votos para evitar o impeachment. Argumenta que o Congresso Nacional é muito sensível às manifestações e que vai seguir as ruas.

Líderança

O paraibano Wilson Filho vai responder pela liderança do PTB enquanto o titular, Jovair Arantes, estiver como relator da Comissão Especial do Impeachment. Ele afirma que vai agir com “cautela e responsabilidade”.

Com Cartaxo

O presidente da Câmara de João Pessoa, Durval Ferreira sinalizou para onde caminha o seu PP: deve apoiar a reeleição do prefeito Luciano Cartaxo (PSD), contra João Azevedo (PSB) e Manoel Júnior (PMDB).

Rompimento

O vice-prefeito Lenildo Morais (PT) deve concorrer contra a prefeita Francisca Motta (PMDB) em Patos. E já conta com o apoio do deputado Anísio Maia. “Existe um clima importante de mudança na cidade”, afirma.

Zigue-Zague

A Comissão de Constituição e Justiça da ALPB rejeitou projeto de João Gonçalves (PDT) que pretendia proibir o funcionamento do UBER na Paraíba.

Estela Bezerra (PSB) traduziu como reserva de mercado: “Os serviços vão se adaptando às novas formas de oferta e o UBER é o uma opção do consumidor”, defendeu.

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