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Obesidade: prevenir desde a infância é essencial para evitar problemas no futuro, diz especialista

Segundo IBGE, Brasil tem cerca de 27 milhões de pessoas consideradas obesas
(Foto: Divulgação)

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicados pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBE) em junho deste ano, o Brasil tem cerca de 27 milhões de pessoas consideradas obesas. Ao acrescentar a este montante, o total de indivíduos acima do peso, o número chega a 75 milhões.

De fato, a obesidade é um problema crônico, mas que pode ser revertido principalmente com a mudança de hábitos de vida e ajuda especializada. Segundo especialistas, a prevenção deve iniciar ainda na infância, pois uma criança obesa tem grande possibilidade de se tornar um adulto obeso.

 “A obesidade está associada ao aparecimento de outras patologias, como diabetes, problemas cardiovasculares e até alguns tipos de câncer. Praticar exercícios desde sempre, manter uma alimentação adequada e saudável e, principalmente, ensinar crianças e adolescentes sobre a necessidade de adotar as boas práticas de vida são essenciais”, alerta o gastroenterologista Daniel Chaves Mendes, médico cooperado da Unimed João Pessoa.

De acordo com o especialista, um paciente é considerado obeso quando o Índice de Massa Corpórea (IMC), que é a relação entre peso e altura passa de 30. “O sobrepeso é quando o IMC está entre 24,9 e 29,9, já a obesidade pode ter três graus, o primeiro vai de 30 a 34,9, o segundo de 35 até 39,9 e o terceiro acima deste valor”, explica o médico.

O especialista explica que inicialmente a obesidade é tratada de forma conservadora com dieta e mudanças nos hábitos de vida, bem como acompanhamento multiprofissional com nutricionista, educador físico, psicólogo ou psiquiatra, médico endocrinologista e gastroenterologista.

As medidas mais simples para prevenir a obesidade são abandonar o sedentarismo, incluir frutas e vegetais na alimentação, bem como cortar os alimentos ricos em gorduras e açúcares.  Para Daniel Chaves, caso haja necessidade, pode-se buscar auxílio médico especializado para ajudar no combate ao problema.

“Existem diversas terapias, desde dieta ao auxílio multiprofissional com tratamento endoscópico para sobrepeso e obesidade grau 1, até cirurgia para obesidade grau 3, ou 2, quando acompanhada de comorbidades”, conta. Caso essa terapia não surta efeito, existem outros métodos, como o balão intragástrico, que é feito por uma endoscopia. É mais utilizado em obesos mais leves ou que estão se preparando para uma bariátrica. Há um relativo sucesso com relação à perda de peso”, conta.

Já para obesos nível 3 — ou 2 com comorbidades — pode-se optar por uma bariátrica, porém, sempre com assistência multidisciplinar e com atenção ao reganho de peso. “É importante manter sempre o acompanhamento para evitar que o paciente volte a ganhar o peso que perdeu com algum dos métodos”, aponta.

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