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Ocupação no setor de serviços cresce quase 53% em 10 anos na Paraíba, mas média salarial cai

Quantidade de empresas prestadoras de serviço atuantes na Paraíba também registrou aumento. Levantamento compara dados de 2021 e 2012

A taxa de ocupação em empresas do setor de serviços, na Paraíba, cresceu 52,9% em 10 anos, de acordo com a Pesquisa Anual de Serviços 2021, divulgada nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com um acréscimo de 41.510 pessoas, no período analisado, o número, que em 2012 era de 78.395, passou a ser de 119.905, em 2021. O levantamento visa retratar as características estruturais da oferta de serviços não financeiros pelas empresas brasileiras.

Setor de serviços, Ocupação,
Empresas de serviços de informação e comunicação pagam melhor na Paraíba (Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

Entre as atividades econômicas investigadas, a de serviços profissionais, administrativos e complementares registrou o maior aumento (105,9%) – tanto proporcional, como absoluto – no quantitativo de ocupados. O contingente saltou de 30.438 pessoas, em 2012, para 62.660, em 2021. No total paraibano, esse segmento era responsável por mais da metade (52,2%) dos ocupados.

Outros ramos que apresentaram altas expressivas nesse quesito foram os de serviços de informação e comunicação (66,5%), com 10.792 ocupados, em 2021; e o de outras atividades de serviços (60,5%), com 4.853.

Em relação ao número de empresas do setor de serviços com atuação no estado, a pesquisa aponta que houve crescimento de 49,8%, de 2012 para 2021. Nesse período, a quantidade aumentou de 7.762 para 11.627.

A variação mais significativa foi observada no setor das atividades imobiliárias, com alta de 217,5% no número de empresas, que contava com 257 unidades, em 2012, e passou a ter 868, em 2021. Logo em seguida, estava o segmento dos serviços profissionais, administrativos e complementares, que, com um acréscimo de 103,3% frente a 2012, passou a contar com 4.501 unidades em 2021.

Salários

A pesquisa identificou leve redução do salário médio mensal em empresas prestadoras de serviços na Paraíba. O valor saiu de 1,6 salários mínimos, em 2012, para 1,5, em 2021.

Além disso, no último ano pesquisado, o estado ficou abaixo das médias do Brasil (2,2) e do Nordeste (1,6).

Por outro lado, na série histórica da década, o indicador paraibano ganhou posições no ranking nacional e saiu da 23ª posição, em 2012, para a 20ª, em 2021.

Em 2021, no cenário estadual, o salário médio mensal mais alto (2,6 salários mínimos) foi verificado no segmento dos serviços de informação e comunicação.

O menor (1,1), por sua vez, foi constatado nos de serviços prestados principalmente às famílias, atividades imobiliárias e outras atividades de serviços.

Receita

Ainda conforme o estudo, no último ano investigado, a receita paraibana bruta de prestação de serviços foi de R$ 10,64 bilhões.

As atividades com as maiores participações nesse resultado foram as de serviços: profissionais, administrativos e complementares (33,7%); de informação e comunicação (25,2%); e prestados principalmente às famílias (16,8%), que inclui alojamento e alimentação, atividades culturais, recreativas e esportivas, serviços pessoais e atividades de ensino continuado.

No total da receita bruta da região, a Paraíba teve participação de 4,6%, em 2012 e em 2021.

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