Do domingo (19) até a manhã desta terça-feira (21), oito tartarugas marinhas foram encontradas mortas nas praias da Grande João Pessoa. Segundo a bióloga e coordenadora da ONG Guajiru, Rita Mascarenhas, cerca de 115 tartarugas das espécies Verde, Pente e Oliva, foram encontradas mortas em todo o litoral paraibano até o mês de outubro deste ano.
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Das oito tartarugas encontradas mortas desde o fim de semana, metade tinham marcas de redes de pesca no corpo. De acordo com a bióloga, as outras quatro tartarugas não puderam ter a causa de morte definida, pois estavam em avançado estado de decomposição.
Com relação às marcas de rede de pesca, Rita Mascarenhas informou que essa é a principal causa de morte das tartarugas marinhas. “Quando as tartarugas ficam presas pelas redes, elas não conseguem ir à superfície para respirar e acabam se afogando”, afirmou.
O acúmulo de plástico no mar também vem provocando diversas mortes desses animais. Segundo Rita, as tartarugas podem confundir o plástico com comida e, ao ingerir o plástico, sem que haja socorro veterinário, acabam morrendo.
Rita Mascarenhas alertou para as dificuldades vividas pela ONG, que não possui apoio e não dispõe de recursos fixos ou transporte para realizar o trabalho. “Na verdade nós continuamos com meia dúzia de pessoas trabalhando, mas não temos espaço físico para trabalhar nem para realizar nossas atividades com o público”, disse.
Segundo Rita, a Prefeitura Municipal de João Pessoa tenta uma parceria com a ONG, mas esbarra em dificuldades impostas pela União. “A prefeitura tenta um parceria conosco, mas esbarra na União que não permite que nós possamos ter uma sede na praia, mas, a mesma União, deixa livre a permanência de barracas de bebidas alcoólicas na região”, concluiu.
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