Faltam menos de 13 meses para a decisão de Ricardo Coutinho de sair do governo para tentar uma vaga no Senado Federal, ou ficar até o fim do mandato. Como a eleição de 2018 ocorrerá no dia 7 de outubro, tem que fazer a opção até o dia 6 de abril.
Embora Ricardo Coutinho evite antecipar esse debate, ele já ocorre, inclusive entre seus aliados, que presenciaram o crescimento da oposição nas últimas eleições municipais (os partidos nesse campo ganharam em 57% das cidades, entre elas as maiores do Estado, e estão governando para 71,2% dos paraibanos) e assistem seus adversários ampliando suas perspectivas graças a tomada do governo federal.
Ricardo só declarou que não abrirá mão de comandar sua sucessão. Sendo o mais expressivo líder do seu campo, nada mais normal. Mas, aliados dizem identificar sinais de que não quebrará a ordem natural das coisas. Significa que se sair, a vice Lígia Feliciano assume com a possibilidade de tentar reeleição, e só não desfrutará desse privilégio por vontade própria ou se comprovadamente não tiver viabilidade eleitoral.
Para o caso da 2ª hipótese, o PSB vê potencial no seu deputado Gervásio Maia, que já ensaia críticas a Luciano Cartaxo, o nome mais citado da oposição. Se conseguir respostas, o confronto lhe favorece, pois está chegando numa vitrine onde o prefeito está há bom tempo.
Já a oposição não pretende dar trégua nessa reta final de Ricardo. Vai mirar no ataque que fez ao bolso dos paraibanos, elevando impostos que encareceram a conta de energia, a feira, os combustíveis, os serviços e até a transmissão de heranças. Aumentou ICMS, ITCD, IPVA e ampliou a faixa de tributáveis com o Funcep. Mesmo com a crise, o desemprego e a expressiva queda no consumo, as receitas próprias da Paraíba cresceram 21,14% acima da inflação em 2016.
Enquanto Ricardo destaca como ponto positivo ter feito obras com recursos próprios, a oposição sustenta que é o contrário, que penalizou os paraibanos em momento difícil e sem necessidade. Que o dinheiro poderia ter vindo de Brasília, mas que é mais fácil aumentar impostos aqui, do que fazer bons projetos e defendê-los junto ao governo federal.
No discurso, ano pré-eleitoral é para trabalhar pela população. Na prática, é de preparação para a guerra do ano seguinte. E por aqui ninguém está parado.
TORPEDO
O problema não são as 79 prisões ou os atualmente 7 presos sem julgamento, mas sim que se tratam de presos ilustres, por exemplo, um dirigente de empreiteira, um ex-ministro da Fazenda, um ex-governador, e, no presente caso, um ex-presidente da Câmara dos Deputados.
Do juiz Sérgio Moro, que vê por trás das críticas às prisões preventivas da Lava Jato, o “lamentável entendimento de que há pessoas acima da lei”.
Ultima etapa
Está prevista para o próximo dia 26 o acionamento da 6ª e última estação elevatória do Eixo Leste da transposição, que impulsionará as águas do São Francisco para a barragem de Porções, em Monteiro, na Paraíba.
A chegada
Já há mobilização para evento no dia 6 de março, que marcará a chegada das águas na Paraíba. Considerando que esse “milagre” é esperado há quase dois séculos, e seus efeitos econômicos e sociais, será festa grande.
Alternância…
O deputado Trócolli Júnior esperar assumir a presidência estadual do PROS na Paraíba até o final deste mês, conforme garantia da Executiva Nacional. Tem planos de expansão. Quer levar legenda a 100 municípios.
… no PROS
Trócolli fez questão de deixar claro que está em sintonia com o atual presidente, Lindolfo Pires, e que não pretende se perpetuar no comando do partido, mas fazer revezamento e trabalho de consolidação da legenda.
ZIGUE-ZAGUE
+ O senador Eduardo Braga entrega depois de amanhã o seu relatório sobre a indicação de Alexandre de Moraes para o STF. A sabatina será na próxima semana.
+ Já apreciado pelo Senado, irá a votação na Câmara o projeto que reabre prazo para repatriação de ativos no Exterior. Dessa vez, parentes de políticos poderão aderir.