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PF apura fraude em previdência e cumpre mandados na Paraíba

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (19) a Operação Abismo visando reprimir e desarticular um esquema de fraudes no instituto de previdência dos servidores de um município da região metropolitana de Recife-PE. Entre os mandatos expedidos, a PF realizou uma busca na cidade de Monteiro, no Cariri paraibano.

Investigação

As investigações tiveram início em março deste ano, e segundo os dados coletados, que ainda se encontra sob sigilo, foram transferidos mais de R$ 90 milhões de reais do instituto – que antes se encontravam investidos em instituições sólidas – para fundos de investimento compostos por ativos “podres”, isto é, sem lastro e com grande probabilidade de inadimplência futura, colocando em risco o pagamento da aposentadoria dos servidores do município.

As ordens judiciais de prisão e buscas foram realizadas em seis estados, além do Distrito Federal. Além de Pernambuco e Paraíba, a PF está atuando em São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina.

Prefeitura envolvida

No curso da investigação, coletaram-se indícios de que a alteração na carteira de investimentos do Instituto de Previdência foi efetuada a mando do prefeito do aludido município, por meio de ingerência indevida na administração daquele órgão, em razão do oferecimento de vantagem indevida.

Operação

Ao todo, 220 policiais federais estão cumprindo 64 (sessenta e quatro) ordens judiciais sendo 42(quarenta e dois) mandados de busca e apreensão, 10 (dez) mandados de prisão preventiva e 12 (doze) mandados de prisão temporária. Estão sendo presos empresários, lobistas, advogados, políticos, religiosos e outras pessoas que de uma forma tem participação com o esquema criminoso. As medidas foram determinadas pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores depositados em contas em nome dos investigados.

Crimes

Os crimes que estão sendo imputados aos suspeitos são Lavagem de Dinheiro, Associação Criminosa, Crimes Financeiros, Corrupção Ativa e Passiva, cujas penas ultrapassam os 30 anos de reclusão. Os presos serão levados até a sede da Polícia Federal onde serão interrogados e logo em seguida irão ser encaminhados para os respectivos sistemas prisionais. Os presos de outros estados ficarão reclusos em sistemas prisionais de seus estados onde ficarão à disposição do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

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