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Operação prende suspeitos de desviar quase R$ 1,5 milhão

Um operação da Polícia Civil da Paraíba prendeu um advogado e um servidor público do Forúm de Sousa, que fica no Sertão do Estado, acusados de participar de um esquema de desvio de dinheiro público e peculato, na manhã desta quarta-feira (9).

A Operação Al-Barã, que tem o objetivo de cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão tanto na cidade de Sousa quanto em Patos, também no Sertão, mobilizou 35 policiais civis. Os mandados estão sendo cumpridos nos fóruns e residências dessas cidades. O delegado-geral da Polícia Civil, João Alves explicou como o esquema acontecia. “Um funcionário do Fórum em conjunto com advogados preparava um alvará juidicial, para liberar uma quantia em dinheiro para pessoas, ele falsifica a assinatura dos juízes e o advogado ia ao banco com o alvará e sacava o dinheiro”, disse o delegado.

O delegado ainda confirmou que os alvarás chegavam a solicitar saques de até R$ 100 mil, e explicou como a fraude começou a ser descoberta. “Foram muitos alvarás expedidos. De R$ 5 mil até R$ 100 mil. O último falsificou a assinatura de uma juíza, e como ela era nova, o banco teve dúvida a respeito da assinatura, ligou para ela que constatou que a assinatura era falsa. Aí foi requisitado apoio da Polícia, que fez a investigação e instalou a operação”, comentou.

A Polícia Civil confirmou que no decorrer do trabalho investigativo surgiram indícios de que outros advogados também estariam participando do esquema da “máfia dos alvarás”.

O dinheiro total desviado das contas judiciais eram de entes federados, como o Estado e municípios, sendo avaliado em aproximadamente R$ 1,5 milhão. Os crimes investigados são de peculato, falsificação de documento público, uso de documento falso, falso reconhecimento de firma ou letra e organização criminosa.

O delegado informou que os próximos passos da Operação serão definidos pelo que for apurados de todo o material que foi coletado com as apreensões realizadas nesta quarta-feira (9). Os presos foram encaminhados a Delegacia de Sousa, e aguardam audiência de custódia.

‘Al-Barã’

O termo ‘Al-Barã’ tem origem árabe e deu origem à palavra buscar mandado. Todo o material apreendido será encaminhado para a sede da 19a Delegacia Seccional, em Sousa.

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