A Orquestra Sinfônica da Paraíba vai estar na cidade de Brejo do Cruz, no Sertão paraibano, nesta sexta-feira (27), integrando a programação comemorativa aos 138 anos de emancipação política do município, com um concerto ao ar livre, a partir das 19h, na Praça Central, que terá como destaque a projeção de fotos do artista visual João Lobo na Pedra da Turmalina. O concerto terá regência do maestro Luiz Carlos Durier e participação do guitarrista paraibano Alex Madureira.
“Para o concerto de Brejo do Cruz nós vamos ter um misto, porque a orquestra está levando obras com características muito sinfônicas, tendo música de concerto, ópera, valsa e MPB, todas de gosto popular e de fácil assimilação”, disse o maestro.
A apresentação começa com a execução da abertura de ‘The Pirates of Pezance’, do compositor Arthur Sullivan. Em seguida, será a vez da música do instrumentista, compositor, arranjador e produtor musical pessoense, Alex Madureira, ‘A Trilha do Lobo’, com a participação do próprio autor como solista, momento em que haverá a projeção de fotos.
“Teremos a presença de Alex Madureira, um guitarrista que fará uma participação de uma música que foi gravada 30 anos atrás e que está sendo retomada. E durante essa música vai haver uma projeção de iluminação muito interessante na Pedra da Turmalina. Então vai ser um concerto bastante inusitado para todos nós”, destacou Durier.
O artista visual e pesquisador João Lobo iniciou seu percurso na década de 80, promovendo audiovisuais no interior da Paraíba. Trabalhou como fotojornalista e entrou para a fotografia publicitária em agências de publicidade e editoras do Brasil. Realizou diversas exposições nacionais e internacionais e produziu e participou de eventos de fotografia como o Parayba Digital. Desde 2011, consolida seu trabalho autoral com a foto minimalista e a pesquisa acadêmica com a fotografia expandida. Atualmente João Lobo desenvolve uma pesquisa sobre a história do nu na fotografia, mas sem deixar de lado sua produção fotográfica, como o ensaio fotográfico sobre as inscrições rupestres da Pedra do Ingá, na Paraíba.
O concerto em Brejo do Cruz continua com a ‘Suíte Nordestina (Baião, Seresta, Maracatu e Frevo)’, do Maestro Duda, seguida por ‘Danças Húngaras 5 e 6 (orquestração: Albert Parlow)’, de Johannes Brahms; ‘Os Patinadores – Valsa Op. 183)’, de Emíle Waldteufel e ‘Seleção West Side Story (arranjo: Frederick Müller)’, de Leonard Bernstein.
A música brasileira volta na última parte do concerto, com “Formigão (arranjo: Maestro Duda)”, do pernambucano Felix Lins de Albuquerque, conhecido como Felinho, saxofonista que deixou sua marca no frevo; “Melhor dos Xotes”, do também pernambucano Maestro Duda, e “Só Sambas”, do pianista brasileiro nascido no Rio Grande do Sul, Cyro Pereira.
“Estamos muito felizes de poder levar a nossa arte, a nossa música ao encontro do interior da Paraíba, cumprindo uma função social que é levar a música aos mais diversos municípios do Estado”, continuou o maestro. “A nossa ideia é poder estar sempre fazendo isso e o exemplo desse concerto, com certeza, estimulará convites de toda a Paraíba, fazendo com que a Orquestra Sinfônica, Governo do Estado e os prefeitos municipais se unam, deem as mãos, para produzir e promover a música sinfônica da Orquestra Sinfônica da Paraíba em todo o Estado”, ressaltou.