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Os cardeais venceram

No PMDB do Senado ninguém entra como Papa. Chega como diácono, e dependendo dos serviços prestados e entrosamento com os cardeais Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney (que mantém intacta sua influência mesmo estando fora da casa), vai subindo.

Ouvi essa explicação de um peemedebista que chegou ao equivalente a “arcebispo” nessa igreja, antes de deixar a política. Lembrei dela ao ouvir o senador Raimundo Lira relatar a rasteira que sofreu de Renan Calheiros, nas suas tentativas de chegar a líder do PMDB ou de suceder José Maranhão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Lira contou que procurou Renan na presidência do Senado, em outubro do ano passado, e questionou-o sobre o futuro:queria saber se ele iria pleitear a liderança do PMDB – o cargo de maior visibilidade fora da Mesa Diretora -, ou a presidência da CCJ.

Na oportunidade, teria expressado desejo de trabalhar pela presidência da CCJ e que Renan sugeriu que direcionasse seus esforços para a liderança, deixando subentendido que iria reivindicar o comando da comissão, a mais importante da Casa.

Lira contou que trabalhou 90 dias para ser líder. De última hora, Renan decidiu que era esse o cargo que queria e foi confirmado por aclamação. O paraibano achou que poderia pleitear a CCJ, mas o “cardeal” lançou Edison Lobão (MA), o preferido de José Sarney.

O senador revelou esses bastidores antes mesmo da decisão. Não tinha como vencer o líder. Recusou disputa na bancada, mas ameaçou desafiar a indicação de Lobão dentro da CCJ, onde os eleitores seriam senadores de todos os partidos. Foi avisado de que antes precisaria ser designado pelo PMDB para a comissão, e que para evitar o confronto, Renan certamente excluiria seu nome. Então, baixou as armas.

Se Lira achou que a visibilidade que conseguiu na comissão de impeachment seria considerada nesse colegiado, está revendo. Na política, são as histórias comuns que pensam. Renan, Sarney e Lobão já viveram muitas com a maioria dos peemedebistas no Senado. O escolhido está no 4° mandato. O paraibano tem apenas dois anos de Casa.

Esse início de ano não tem sido bom para Lira. Não obteve sucesso no esforço para destronar Maranhão e conduzir o PMDB da Paraíba; depois, tentou ser líder e foi frustrado por Renan; por último, perdeu a CCJ para Edison Lobão. Os cardeais estão vencendo de 3×0.

Digitais…

O TRE do Rio cassou o governador Fernando Pezão e seu vice, Francisco Dornelles. A AIJE que levou a decisão foi baseada em estudo de quatro paraibanos: Marcelo Weick, Rodrigo Farias, Raoni Vita e Pedro Pires.

… na cassação

Os advogados paraibanos, todos especialistas em Direito Eleitoral, atuaram no Rio de Janeiro na campanha de 2014. A AIJE foi assinada pelo PSOL e acatada por 3×2 pelo TRE-RJ. Pezão pode recorrer ao TSE.

Reformas

Novo líder do DEM na Câmara, Efraim Filho defende que o Congresso assuma responsabilidade de ajudar a tirar o Brasil da crise, debatendo e aprovando as reformas da previdência, tributária, trabalhista e política.

Prestígio

O ex-governador Roberto Paulino deve voltar a ocupar, ainda neste mês uma diretoria do Banco do Nordeste, instituição que integrou em 2013. O presidente Michel Temer já solicitou seu currículo para formalizar indicação.

Zigue Zague

Temendo contaminação da PM do Rio pelo movimento que levou o caos ao Espírito Santo, Fernando Pezão concedeu aumento de 10% a área de segurança.

Aqui na Paraíba, as esposas e mães de PMs têm reunião marcada para sexta-feira. Vão cobrar promessas de Ricardo e recomposição do poder de compra dos salários.

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