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Pai diz que estudante sentiu ‘medo e pena’ de jovem que matou paraibanos na Espanha

O jovem Marvin Henriques Correia, apontado como cúmplice no caso da morte de uma família de paraibanos na Espanha, sentiu medo do assassino confesso, François Patrick Nogueira Gouveia. Pelo menos foi o que alegou o pai dele, Percival Henriques, em entrevista à Rádio Correio 98 FM, na manhã desta terça-feira (1º).

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Na análise de Percival, Marvin foi “inconsequente” ao trocar mensagens sobre o crime com Patrick e errou ao optar por não denunciar o amigo, mas não pode ter comportamento comparado ao do assassino confesso, que, na opinião dele, “é um psicopata”. O pai do jovem preso em João Pessoa na última sexta-feira (28) contou que Marvin e Patrick se encontraram pessoalmente depois que o assassino voltou ao Brasil.

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“O erro dele foi ter olhado para aquelas fotos e não ter se indignado como eu e toda população. Ou seja, o erro de não ter maturidade suficiente para saber que aquilo era uma coisa bárbara e não ter contado para mim, para a polícia. Ele ficou com medo do assassino. Ele ficou com pena do amigo”, disse Percival Henriques.

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O pai de Marvin contou que conhecia Patrick há dois anos e nunca suspeitou que o jovem teria algum desvio de índole. Ele também nega que o filho tenha perfil criminoso.“Ele nunca foi violento, pelo contrário, é um cara que todo mundo gosta. É um garoto normal, alegre, sensível e doce”, defendeu.

Percival Henriques criticou o fato de que o decreto de prisão aponta Marvin como cúmplice e participante do crime. “É como se ele tivesse que responder pelo assassinato de quatro pessoas. Existe um julgamento moral, que eu também faço, mas esse julgamento foi transformado tecnicamente em uma coisa criminal. Na verdade, não existe crime nenhum. Infelizmente, guardar foto ou fazer pouco de vítima não é crime”, reclamou.

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“Marvin errou do ponto de vista moral, do ponto de vista cristão. Qualquer um de nós que soubesse de um assassinato denunciaria à polícia. Ele não denunciou, mas isso não o torna criminoso. A curiosidade de perguntar como foi e rir do amigo que agora é um assassino são coisas absurdas, mas não é crime, nem representa loucura”, completou.

O pai do jovem suspeito também negou que Marvin tenha dado dicas de como Patrick deveria agir ou ao menos conversado com o amigo em tempo real ao crime.

“A polícia daqui está dizendo que meu filho influenciou o crime, mas as conversas com Patrick foram depois. Marvin não induziu, não instigou, não auxiliou o crime. Ele teve notícia. E na internet as pessoas começaram a se acostumar a ver desgraça e ficam curiosas. Não estou tirando culpa de Marvin, mas o problema é que à medida que se compara meu filho a um assassino cruel que matou quatro pessoas, que esquartejou [os tios] e depois fez selfies e mandou pela internet, se diminui a culpa do assassino”, argumentou.

“Se Emerson [Machado], publica fotos de acidentes, todos querem ver, ficam curiosas. Agora duvido que metade das mesmas pessoas conseguissem ver a cena real, sem ser pela internet. O meu filho, por exemplo, não quis ser médico porque tem medo de sangue, não gosta de sangue. A gente vai num sítio e se tiver que matar uma galinha ele não quer ver, não quer comer. O erro dele foi se abestalhar com a história, ter tido uma curiosidade mórbida, ter dado risada, ter desrespeitado a vítima. Isso é uma coisa horrenda, completamente errada e repreensível. Mas não se compara ao assassino. Patrick é um psicopata. Meu filho é um abestalhado”, considerou. 

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