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Papel do pai é importante na desconstrução do machismo

Estamos no mês de comemoração do Dia dos Pais, e nada melhor do que nessa data falar da importância da figura paterna no âmbito familiar e a sua relação com os filhos. Valorizar o pai e o seu papel também é uma forma de ensinar aos filhos valores familiares de grande importância e que promovem uma união genuína, fortalecendo e enriquecendo o relacionamento. Para iniciarmos a discussão sobre a importância do papel do pai na desconstrução do machismo em sua relação com seus filhos, faz-se necessário definir o que é machismo.

Machismo é o conceito que toma como base a supervalorização das características físicas e culturais associadas ao sexo masculino, em detrimento daquelas associadas ao sexo feminino, pela crença de que os homens são superiores às mulheres. Esse conceito presente nas relações entre homens e mulheres, pais e filhos, faz com que sejam construídas interações conflituosas e muitas vezes agressivas e de desvalorização da figura feminina nas relações familiares.

Ainda vivemos no Brasil uma consciência machista, mas que está mudando aos poucos. Hoje é comum ver a figura do pai bem mais envolvida nas atividades de cuidados com os filhos, vistas anteriormente como tarefas exclusivas das mulheres. Daí a importância de o pai promover uma relação com sua esposa de amor, respeito, parceria, cumplicidade e divisão de tarefas tanto domésticas como de cuidados com os filhos de forma equilibrada com a mãe. A vivência desse tipo de relação entre o casal faz com que se construa no aprendizado dos filhos uma relação não machista no contexto familiar, já que o aprendizado de relações machistas muitas vezes se dá na vivência com os pais.

Se faz também importante que o pai discuta com seus filhos sobre a não vivência de ideias e comportamentos machistas com pessoas do sexo oposto, ensinando assim a eles o respeito mútuo que deve haver entre homens e mulheres, sempre compreendendo suas particularidades e singularidades. Dessa forma, criamos indivíduos mais conscientes e empáticos em suas relações afetivas e desenvolvemos relações mais saudáveis e funcionais.

*Texto de Alberto Carlos dos Santos (CRP-13/4104), psicólogo clínico familiar e professor de Psicologia do Unipê

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