A Paraíba registrou o pior índice de vendas do varejo no país em abril de 2019. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de março para abril de 2019, na série com ajuste sazonal, o número de vendas caiu 3,5% no estado, enquanto a média nacional foi de decréscimo de 0,6%.
No comércio varejista ampliado, a Paraíba também registrou uma queda de 2,7%, ficando atrás apenas de Rondônia (-3,3%) e Rio Grande do Norte (- 3%). Já no Brasil, o volume de vendas ficou estável, com resultados positivos em sete das 27 Unidades da Federação, os destaques foram para: Roraima (6,1%), seguido por Alagoas (2,1%) e Bahia (1,2%).
Em abril de 2019, o volume de vendas do varejo recuou 0,6%, frente a março, na série com ajuste sazonal, após ficar estável em março (0,1%) e fevereiro (-0,1%). A média móvel trimestral variou 0,2%, eliminando o aumento registrado em março (0,2%).
Frente a março de 2018, o comércio varejista avançou 1,7%, após recuo de 4,4% em março. O acumulado no primeiro quadrimestre foi 0,6%. O acumulado nos últimos 12 meses (1,4%) manteve-se estável em relação a março (1,3%).
O volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, ficou estável (0,0%) em relação a março de 2019, após avançar 1,1% no mês anterior. A média móvel do trimestre variou 0,2%, desacelerando em relação à média móvel trimestral de março (0,5%).
O comércio varejista ampliado cresceu 3,1% frente a abril de 2018. Assim, o varejo ampliado acumulou 2,5% no ano. O indicador acumulado nos últimos 12 meses (3,5%) desacelerou em relação ao de março (3,9%). A publicação completa está à direita nesta página.
Na série com ajuste sazonal do comércio varejista, cinco das oito atividades pesquisadas mostraram taxas negativas. Os destaques negativos ficaram com Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,8%) e Tecidos, vestuário e calçados (-5,5%), seguidos por Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,7%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,4%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-8,0%).
As atividades em alta nessa comparação foram Móveis e eletrodomésticos (1,7%), Combustíveis e lubrificantes (0,3%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (4,3%).
Frente a março de 2018, o comércio varejista subiu 1,7%, com taxas negativas em cinco das oito atividades pesquisadas. Entre as atividades com crescimento, destacaram-se Outros artigos de uso pessoal e doméstico (13,4%), seguido por Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,6%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,8%).
Por outro lado, Combustíveis e lubrificantes (-3,6%), Tecidos, vestuário e calçados (-3,2%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-25,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-10,5%) e Móveis e eletrodomésticos (-0,1%) foram os setores que mostraram queda nessa comparação.
No comércio varejista ampliado, o volume de vendas em abril frente a março ficou estável, na série livre de efeitos sazonais, influenciado principalmente pelas vendas do setor de Veículos, motos, partes e peças que apresentou variação positiva próxima a estabilidade (0,2%), após avanço expressivo de 4,3% no mês anterior, ainda que o segmento de Material de construção tenha registrado aumento de 1,4%, quarta taxa positiva consecutiva, nessa mesma comparação.
Com avanço de 3,1% frente a abril de 2018, o comércio varejista ampliado refletiu, principalmente, a contribuição vinda do desempenho de Veículos, motos, partes e peças (6,9%), seguido por Outros artigos de uso pessoal e doméstico (13,4%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,6%) e Material de construção (4,1%).
O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., com expansão de 13,4% no volume de vendas em relação a abril de 2018, registrou a taxa positiva mais acentuada no ano de 2019.
Neste mês, além do dinamismo vindo do e-commerce, o segmento foi particularmente pressionado pelo deslocamento do feriado móvel de Páscoa, com impactos positivos particularmente nas vendas desse setor, na medida que a comemoração da Páscoa em 2019 ocorreu, majoritariamente em abril, enquanto em 2018, o aumento das vendas ocorreu, em grande medida, no mês de março.
Assim, o setor exerceu a maior contribuição positiva ao resultado geral do varejo, acumulando 6,4% no primeiro quadrimestre de 2019. Com isso, o indicador acumulado nos últimos doze meses registrou taxa de 7,1% e sinalizou ganho de ritmo em relação ao acumulado até março (6,1%).
O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com avanço de 1,6% frente a abril de 2018, respondeu pelo segundo maior impacto positivo na formação da taxa global do varejo.
O desempenho da atividade vem sendo sustentado pelo crescimento da massa de rendimento real habitualmente recebida, mas vale citar também os impactos positivos, particularmente nas vendas desse setor, na medida que a comemoração da Páscoa, em 2019, ocorreu em abril enquanto, em 2018, o aumento das vendas ocorreu, majoritariamente em março.
No entanto, o indicador quadrimestral, contra igual período do ano anterior, permaneceu no campo negativo (-0,3%). A análise pelo indicador acumulado nos últimos doze meses, ao registrar aumento de 2,0%, mostrou estabilidade frente ao acumulado até março (1,9%).
A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com aumento de 3,8% nas vendas frente a abril de 2018, exerceu a terceira maior contribuição na taxa global do varejo e registrou a vigésima quarta variação positiva consecutiva na comparação com igual mês do ano anterior.
Além do caráter de uso contínuo desse segmento, outro fator que pode contribuir para sustentar o bom desempenho foi a variação de preços em patamar inferior à média do índice geral.
Com isso, o segmento acumulou no primeiro quadrimestre do ano um avanço de 6,1%. Ainda assim, em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 6,3% para 5,8%, o segmento perde ritmo e segue em trajetória de desaceleração desde fevereiro de 2019 (6,4%).
O segmento de Móveis e eletrodomésticos manteve o volume de vendas estável (-0,1%) em relação a abril de 2018. A elevação de preços pode ser fator relevante para explicar o comportamento do segmento. No primeiro quadrimestre do ano de 2019 o setor registrou recuo de 1,4%, enquanto o indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -2,1% até março para -2,5% em abril, mantém a trajetória de queda observada desde fevereiro 2018 (10,4%).
Combustíveis e lubrificantes, com recuo de 3,6% no volume de vendas em relação a abril de 2018, exerceu maior contribuição negativa para o resultado total do varejo. A elevação dos preços de combustíveis, acima da variação média de preços, é fator relevante que vem influenciando negativamente o desempenho do setor.
O acumulado no primeiro quadrimestre do ano apontou queda de 0,9%, enquanto o indicador anualizado, acumulado nos últimos doze meses, permanece no campo negativo (-3,9%) desde março de 2015 (-0,3%).
O setor de Tecidos, vestuário e calçados, com recuo de 3,2% em relação a abril de 2018, registrou a segunda taxa negativa consecutiva, acumulando, assim, variação de -0,2% de janeiro a abril de 2019, frente a igual período do ano anterior.
Com isso, o indicador acumulando nos últimos 12 meses, ao passar de decréscimo de 0,9% em março para -0,6% em abril, mantém a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2018 (7,1%).
O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação mostrou recuo de 10,5% em relação a abril de 2018. Com isso, o acumulado no ano de 2019 ficou próximo à estabilidade (0,2%). O indicador acumulado nos últimos doze meses (-0,4%) mostrou acentuada perda de ritmo nas vendas em relação a março (0,8%).
A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou recuo no volume de vendas de 25,6% frente a abril de 2018. O comportamento desta atividade vem sendo influenciado pela redução de lojas físicas. Assim, o primeiro quadrimestre do ano de 2019 registrou recuo de 28,7%, frente a igual período do ano anterior.
Com isso, o indicador anualizado, acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -21,7% para -23,2%, registrou a queda mais acentuada da série histórica para esse indicador, mantendo o setor no campo negativo desde março de 2014 (-0,2%).
O setor de Veículos, motos, partes e peças, ao registrar aumento de 6,9% em relação a abril de 2018, exerceu a maior contribuição no resultado geral do varejo ampliado para o mês de abril de 2019. No acumulado do ano a taxa ficou em 7,9%.
No entanto, a análise pelo indicador acumulado nos últimos doze meses, ao registrar aumento de 10,6% até abril, mostrou perda de ritmo em relação ao acumulado até março (12,7%), mantendo, assim, a trajetória de desaceleração iniciada em dezembro de 2018 (15,1%)
Com aumento de 4,1% em relação a abril de 2018, o volume de venda do segmento de Material de Construção acumulou ganho de 3,7% para o primeiro quadrimestre de 2019. Com isso, o indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 3,5% em março para 2,7% em abril, mostrou perda de ritmo de vendas.