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Paraibana é destaque em projeto internacional de rap

Videoclipe de 'Plano de Fuga', do projeto Barras Maning Arretadas, conta Turmalina MC, artista de Campina Grande
Turmalina MC (Foto: Divulgação)

A rapper paraibana Turmalina MC foi destaque no projeto internacional Barras Maning Arretadas. Parceria entre o Brasil e Moçambique, a iniciativa conta com artistas de mais de 20 países e lançou, neste fim de mês, o videoclipe ‘Plano de Fuga’. Natural de Campina Grande, Turmalina MC é a única mulher integrante nesse trabalho. Assista ao vídeo mais abaixo.

Além da rapper paraibana, a música conta com outros seis MC´s, de São Paulo, Chimoio (Moçambique), Nampula (Moçambique) e Soyo (Angola). A produção musical e executiva também foi feita por brasileiros e moçambicanos.

“Fui convidada para participar do projeto ainda no ano passado, procurei saber sobre sua origem e me encantei com a proposta. Com cerca de 180 artistas de RAP, vindos de vários países, esses grandes nomes do hip-hop já deixaram suas contribuições e me sinto honrada em poder participar também. Ser uma das representantes não apenas do rap brasileiro, mas essencialmente do movimento hip-hop paraibano é algo extremamente significativo. Foi um longo processo e está valendo muito a pena ver o resultado”, conta a artista paraibana.

A participação de Turmalina MC no Barras Maning Arretadas não se resume à música ‘Plano de Fuga’. O projeto vem realizando uma série de eventos internacionais e Turmalina MC foi destaque em vários deles. No ano passado, houve o “Festival Decolonial de Rap: Espaço Lusófono”, que reuniu sete países de língua oficial portuguesa e a MC paraibana foi a mediadora em uma mesa de debate sobre Feminismo e Rap, com as mulheres precursoras de projetos coletivos em Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal, Angola e Brasil. Em 2021, Turmalina MC participou como apresentadora do programa que marcou o lançamento de dois videoclipes em homenagem ao Dia Internacional da Mulher e que contou com a participação de artistas de Bolívia, França, São Tomé e Príncipe, Brasil, Moçambique e Cuba.

“Estar presente e na mediação de um debate de extrema relevância como foi o lançamento da Cypher ‘Pioneiragem’, para mim, foi inesquecível. Foi gratificante poder ouvir e aprender com mulheres, suas histórias e experiências de vida no RAP e no movimento hip-hop. Em muitos momentos, algumas de minhas trajetórias eram vivências parecidas com as que eu estava ouvindo. São mulheres por quem tenho uma admiração profunda, então, foi um privilégio poder trocar essa ideia na live de lançamento, além de ouvi-las rimando”, recorda Turmalina.

O projeto

O Barras Maning Arretadas é um projeto que começou logo no início da pandemia do Covid-19. O produtor moçambicano Tchacka, da cidade de Quelimane, disponibilizou um instrumental para substituir a integração habitual da cultura hip-hop e o pesquisador Carlos Mossoró espalhou internacionalmente, fazendo com que fossem criadas parcerias internacionais musicais, bem como eventos e programas online.

O projeto ganhou esse nome porque “Barras” é como se chama os versos no rap. “Maning” significa muito em língua local moçambicana e “Arretadas” é algo do Nordeste, que pode ser dado a alguém valente, forte ou aguerrido. Assim, pode ser entendido como “Rimas Muito Fortes”, mas em uma outra forma de falar o português, ou seja, através das expressões daqueles que foram historicamente colonizados e agora promovem a internacionalização das resistências.

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