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Paraibana que denunciou funk diz que sofreu ataques

Destaque nas redes sociais desde o início da semana, a estudante paraibana Yasmin Formiga, de 20 anos, contou, à TV Portal Correio, que sofreu ataques nas redes sociais após protestar contra a música de funk ‘Surubinha de leve’, de MC Diguinho.

“Teve um momento em que eu tive parar de ler todos os comentários e até de ver as notificações por conta de tanta coisa negativa que eu estava recebendo. Isso porque as pessoas pensaram que eu estava atacando o gênero musical funk, mas o meu problema é com letras que fazem apologia ao estupro ou objetificam a mulher e isso não está só no funk. A gente encontra em outros estilos, como no sertanejo, a exemplo de uma música de Luan Santana que fala ‘se Deus fez a mulher da costela de Adão, então fez você de um filé mignon’, para quê isso?”, questiona.

A letra denunciada por Yasmin diz: “taca a bebida, depois taca a pica e abandona na rua”. Ela destaca que a música é uma apologia ao estupro e lamenta a naturalização de casos de violência. Após a repercussão, o Spotify, um dos serviços de reprodução de músicas por streaming mais populares do país, decidiu tirar a faixa do ar.

“Eu conheço uma mulher que foi vítima de uma situação exatamente igual à proposta pela música. Ela foi dopada, um cara colocou droga na bebida dela, depois estuprou e abandonou. Isso é uma coisa que acontece diariamente e as pessoas estão naturalizando nas músicas. Então, por que deixar passar despercebido uma coisa que a gente está lutando todo dia para acabar? Essa música estando no ar, ela vai colaborar com a cultura do estupro, vai colaborar com a naturalização da violência”, argumenta.

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