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Paraibana que foi adotada e devolvida relata história em autobiografia

De acordo com Jaqueline, o livro serve para conscientizar a todos que têm intenção de adotar, sobre a importância que é essa ação
Jaqueline Viturino (Divulgação/ Arquivo Pessoal)

Jaqueline Viturino é escritora e relata no livro “Adotei, posso devolver?” a sua trajetória de vida. Quando tinha 6 anos e 8 meses, Jaqueline foi adotada, mas ao completar 13 anos, foi devolvida por seus pais adotivos.

“Quando meus pais adotivos me devolveram, eu não tinha para onde ir. Minha família biológica também não podia ficar comigo”, a escritora falou em entrevista para o programa Mulher Demais, programa da TV Correio. Ainda em relato, Jaqueline conta que precisou passar por muitas casas cuidando de crianças, em troca de ter um lugar para dormir. 

Quando já estava um pouco mais velha, Jaqueline foi adotada por uma família de João Pessoa e se mudaram para o Rio de Janeiro, onde ela vive atualmente. “Eu conto no meu livro toda a trajetória que passei por causa da devolução e de como me afetou psicologicamente”, afirma.

Ainda de acordo com Jaqueline, o livro serve para conscientizar a todos que têm intenção de adotar, sobre a importância que é essa ação. “Muitos não sabem da grande responsabilidade que é adotar uma criança que você não conhece de onde ela veio ou não sabe quem são seus pais biológicos”, relatou em entrevista.

Ela também alerta que crianças que são adotadas e “devolvidas”, não aparecem em estatísticas, porque “ninguém quer admitir que devolveu”. E isso não acontecia apenas na época dela, como também é comum hoje em dia. 

“Eu escrevi esse livro para alertar as pessoas. Adotar não é por status, adotar é entender que ali está uma criança, uma vida que precisa de amor e de carinho”, reafirma.

Para adquirir o livro “Adotei, posso devolver?”, basta entrar em contato com Jaqueline Viturino através de sua conta no Instagram @jaquelineviturino07

Adoção

Família
(Foto: Pixabay | Imagem ilustrativa)

A adoção é um processo que exige muita responsabilidade e consciência de quem pratica. De acordo com a advogada Adriana Torres, a criança e o adolescente têm direito a ter uma família estruturada para “crescer em pleno desenvolvimento”.

Adriana também afirma que para quem busca iniciar um processo de adoção, o primeiro passo é ter uma habilitação, que ocorre junto ao Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA). Também é necessário que os interessados procurem o Fórum ou a Vara da Infância e da Juventude da sua cidade ou região, para iniciar a habilitação.

Também é possível realizar um pré-cadastro no site do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento, onde são preenchidos os dados necessários.

Ainda de acordo com a advogada, no Brasil não existe uma idade máxima para realizar a adoção, o processo pode ser realizado por qualquer pessoa a partir dos 18 anos, independente do estado civil. Mas o que de fato vai ser levado em consideração é o real desejo em adotar e se a pessoa tem as condições necessárias para proporcionar o pleno desenvolvimento da criança ou do adolescente.

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